A seleção de vagas em universidades federais e estaduais pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai ser mais flexível a partir do primeiro semestre de 2017. Uma portaria publicada na edição desta quinta-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU) alterou as regras do Sisu para dar mais autonomia às instituições participantes.
O Sisu reúne, em um só site, vagas de universidades públicas estaduais e federais, e seleciona os estudantes inscritos por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os estudantes podem disputar vagas na categoria de "ampla concorrência" e pelas políticas de cotas para estudantes de escola pública e para estudantes pretos, pardos e indígenas.
A principal mudança no critério de seleção é em relação ao cálculo da nota mínima para aprovação dos estudantes. Nas edições anteriores, as instituições podiam definir o peso e as notas mínimas exigidas em cada prova do Enem na hora de calcular a nota final de cada estudante no Sisu e, então, selecionar os calouros para as vagas com base nessa pontuação.
A partir de agora, a instituição poderá continuar seguindo esses critérios, mas também terá autonomia para definir uma média mínima nas provas para selecionar os candidatos. Será possível, inclusive, usar uma combinação dessas regras para que o Sisu defina os aprovados.
Na prática, isso quer dizer que, caso a instituição ofereça essa opção, um estudante que não teve a nota mínima em uma das provas do Enem 2016, mas tenha nota suficiente nas outras provas para garantir uma pontuação final acima da média mínima, possa ter a chance de ser aprovado na seleção.
Em nota, o MEC afirmou que a mudança foi um pedido das próprias universidades.