Cerca de dez mil vagas de cursos a distância de cinco universidades particulares foram vetadas pelo Ministério da Educação (MEC), segundo portaria divulgada no Diário da União desta quarta-feira, 10. Segundo o MEC, essas instituições desobedeceram a legislação que regula a educação a distância e abriram cursos em pelo menos 108 polos - correspondem a cerca de 10 mil vagas - sem credenciamento no Ministério da Educação. Veja também: ProUni registra recorde com 820 mil inscrições na primeira fase MEC divulga lista dos selecionados no SiSU
Veja mais notícias sobre educação no Estadão.edu Entre as cinco instituições de educação superior a distância que não poderão matricular os estudantes estão a Universidade Estácio de Sá (Unesa), com sede no Rio de Janeiro; a Universidade Paulista (Unip), em São Paulo; o Centro Universitário de Maringá (Cesumar), em Maringá, no Paraná; a Faculdade do Noroeste de Minas (Finom), em Paracatu, em Minas, e a Universidade de Santo Amaro (Unisa), em Santo Amaro, em são Paulo. A Universidade Estácio de Sá foi credenciada em maio de 2009 para ofertar cursos a distância em 54 polos e em menos de um ano, a instituição abriu indevidamente outros nove polos e inscrições para vestibular nessas unidades. Está sendo investigada a existência de mais polos irregulares mantidos pela Estácio de Sá e outras instituições. A Universidade Paulista também abriu 76 polos em diversas regiões do país sem o credenciamento do MEC. Ela oferece educação a distância desde 2004, quando recebeu credenciamento para cursos de educação superior em 598 polos. O Centro Universitário de Maringá (Cesumar) está credenciado desde 2005 para a oferta de cursos a distância em 59 polos de apoio presencial. A instituição abriu quatro centros de atendimentos ao aluno, também ilegais, em Brasília e um em Salvador. Com 3.955 estudantes, a Finom está credenciada desde 2005 para a oferta de cursos a distância em apenas um polo regular, em Paracatu. Mas abriu outros dois, não credenciados, em Feira de Santana, na Bahia, e em São Paulo. A Unisa, credenciada no mesmo ano, tem 42 polos credenciados e 16 não credenciados. As instituições têm prazo de dez dias para esclarecer as medidas tomadas e para a correção das irregularidades. Os alunos que fizeram inscrição para este primeiro semestre e participaram do processo seletivo não podem fazer os cursos.