Médica condenada por ter mandado cortar pênis do ex-noivo volta para prisão após dar à luz

A transferência se deu na última quinta-feira (12), após ela ter tido alta da maternidade Octaviano Neves, na capital mineira, onde deu à luz gêmeos.

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A médica Myriam Castro, condenada por ter mandado cortar o pênis do ex-noivo, foi transferida de maternidade onde estava internada para o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A transferência se deu na última quinta-feira (12), após ela ter tido alta da maternidade Octaviano Neves, na capital mineira, onde deu à luz gêmeos.

Conforme a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), os filhos da mulher, que nasceram prematuros, permanecem internados na maternidade. Conforme o órgão, assim que tiverem alta, eles poderão permanecer ao lado da mãe, na unidade prisional, pelo prazo de um ano.

A médica havia sido localizada pela polícia na maternidade Octaviano Neves, no dia 21 de fevereiro, após ter sido considerada foragida do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, situado em Belo Horizonte, onde cumpria pena em regime semiaberto.

Ela tinha autorização para trabalho externo e não teria retornado no final do dia 28 de janeiro deste ano. Desde então, ela estava sob escolta de agentes penitenciários na maternidade.

O advogado de defesa da médica tinha negado que a cliente tivesse fugido da cadeia e justificou a internação na maternidade em razão de problemas de saúde dela, resultantes de uma gravidez de alto risco.

Ele também havia adiantado que a gravidez, segundo ele feita por meio de inseminação artificial, havia sido revelada ao juiz que cuida do caso.

No final de fevereiro, a Justiça negou pedido da defesa para que ela cumprisse o restante da pena em regime de prisão domiciliar.
Relembre o caso

O crime contra o ex-noivo ocorreu em Juiz de Fora (278 km de Belo Horizonte), em 2002. A médica foi condenada em abril de 2009, mas não foi presa imediatamente em razão dos diversos recursos impetrados pelos seus advogados.

Ela só foi presa em abril do ano passado, em Pirassununga (211 km de São Paulo), após expedição de mandado da prisão pela Justiça.

De acordo com o processo, à época do rompimento do casamento, a médica teria se revoltado contra o homem e passado a ameaçá-lo. Ele teve sua casa e um automóvel incendiados.

Em seguida, ainda de acordo com o processo, Myriam, com a ajuda do pai, teria contratado dois homens para mutilar o ex-noivo. Um dos executores está preso. Por causa de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante o julgamento, o pai cumpre pena em regime domiciliar. A vítima sobreviveu e vive anonimamente.

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