Medicamentos de venda livre também exigem cuidados especiais

É preciso cuidado ao comprar os remédios que não requerem receita

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Eles são os itens mais aparentes nas farmácias e drogarias. Quando não estão ao alcance da mão do consumidor, ficam ali, em posição de destaque no balcão. Quem nunca foi à farmácia comprar uma dipirona para alguma dor que insiste em não passar? O paracetamol também é bastante pedido, para baixar febres e mandar alguma dor embora. No entanto, o fato de que estes medicamentos não precisam de prescrição médica não significa que eles não possam representar perigos à saúde, em caso de mau uso.

Os chamados medicamentos isentos de prescrição (MIPs) ou remédios de venda livre podem, sim, causar problemas às pessoas que os usam indiscriminadamente. Para combater essa ameaça, a ação dos farmacêuticos é importante no sentido de orientar as pessoas diante da enorme variedade de medicamentos, fabricantes e aplicações. E o perigo é maior do que se pode imaginar. ?Em um caso de dengue, por exemplo, o uso de ácido acetil salicílico (AAS) pode levar a um quadro de dengue hemorrágica? alertou a farmacêutica Cristina Alves.

O AAS é facilmente encontrado em farmácias, e também está presente em vários antigripais. Até mesmo os suplementos vitamínicos, que também podem ser adquiridos livremente, podem representar consequências nocivas às pessoas caso não sejam usados corretamente. ?É o que ocorre muitas vezes com a vitamina C. Pessoas que já tem uma dieta balanceada e são adeptas da compra das vitaminas em farmácias acabam apresentando quadros de hipervitaminose, com o excesso dessas substâncias?. Informou a farmacêutica.

Cuidados especiais devem ser tomados também com os sprays para traumas e machucados. Aparentemente inofensivos, esses produtos devem ser utilizados de acordo com a natureza da lesão. Dependendo do caso, os sprays com propriedades analgésicas são os mais indicados. Os géis antiinflamatórios costumam ser menos efetivos na maioria dos casos. O Cataflan e a Cibalena também são medicamentos isentos de prescrição bastante populares entre os brasileiros.

No que diz respeito a Teresina, o cuidado com esses medicamentos varia de região para região da cidade, conforme explicou Cristina Alves.?Trabalho em uma grande rede de drogarias, e percorro diariamente vários bairros da capital. O que percebo é que o esclarecimento das pessoas em relação ao uso consciente dos medicamentos livros de prescrição varia conforme a localidade. Em bairros mais simples, como o Dirceu, ainda há certa falta de informação quanto a isso. Já nos bairros de classe média alta, já há um cenário de maior conhecimento sobre os medicamentos de venda livre?. (D.L.)

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