Um acidente médico chocou a população do município de Toledo, pequena cidade de pouco mais de 100 mil habitantes no interior do Paraná. Um médico arrancou a cabeça de um bebê durante o parto, realizado em um hospital do município. O caso foi denunciado pelos próprios pais da criança, que acusam o responsável por negligência médica.
O casal de agricultores Leonardo e Lígia, grávida de 39 semanas, procuraram o socorro médico após a mulher reclamar de fortes dores. Chegando ao hospital, o médico recomendou que o casal esperasse a hora do parto natural. Entretanto, exames de ultrassom mostraram que a gestante não tinha dilatação suficiente para o nascimento do bebê, que pesava aproximadamente 4 quilos. Foi então marcada a cesárea para a manhã do dia seguinte.
Próximo da cirurgia ocorreu a troca de plantão dos médicos do hospital e um novo profissional assumiu o parto. Ao atender a gestante, o novo médico voltou atrás, desmarcou a cesárea e afirmou que iria realizar o parto normal, mesmo sob os pedidos da equipe médica de que não haveria condições.
A gestante fez um vídeo, ainda no hospital, para denunciar o caso e cobrar providências. “Meu parto estava marcado para às 7 horas da manhã, só que às 4 horas minha bolsa estourou. O médico que estava de plantão foi negligente porque ele me negou a cesárea pelo fato de eu ser mãe de outros filhos. Me deixou sofrendo, mesmo eu gritando de dor. Todos que estavam lá insistiram para fazer a cirurgia, mas ele estimulou o parto normal”.
Já na mesa de cirurgia, foi iniciado o trabalho de parto. Nesse momento, a criança ficou com a cabeça presa para fora do corpo da mãe, que estava sem a dilatação necessária, e acabou morrendo. Horas depois, o médico tomou a iniciativa de arrancar a cabeça da criança para terminar o procedimento e não trazer riscos à vida da gestante.
Logo depois da tragédia, cobrando explicações do médico, a família de agricultores ouviu um simples pedido de desculpas do profissional, que confessou que não era especialista na área e, por isso, não tinha capacidade para realizar o parto.
Revoltados, os pais da criança devem processar o hospital e o médico por negligência. A instituição ainda não se manifestou sobre o caso, que deve ser repassado ao conselho de ética.