A menina de 1 ano e cinco meses que estava com um prego e duas agulhas no corpo teve alta por volta de meio-dia desta sexta-feira (6) do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O Conselho Tutelar de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, começou a ouvir a família e os vizinhos da menina na quinta-feira (5).
De acordo com o delegado Alexandre Ziehe, titular da 61ª DP (Xerém), a criança permanece com os pais. O delegado informou que deve ouvir a mãe da criança na semana que vem. Ele aguarda os prontuários das unidades de saúde onde a menina foi atendida, para avançar nas investigações.
A conselheira tutelar Nora Nei de Oliveira foi ouvir o pai da menina em casa. Com a ajuda de psicólogos, ela quer falar também com as duas filhas do casal.
O Conselho Tutelar de Caxias prepara um relatório sobre o caso, e o documento será analisado pela Promotoria da Infância e da Juventude e pelo juiz. O que está em jogo é se a criança deve ou não permanecer com os pais.
Os três objetos de metal retirados do corpo da criança vão passar por uma perícia. Segundo o delegado Alexandre Ziehe, da 61ª DP (Xerém), dois deles parecem mais uma agulha, mas o maior deles parece com um instrumento usado por um estofador, por exemplo. A perícia vai ajudar a esclarecer que tipo de material é aquele.
O advogado da família, Maximiliano Von Rontow, reafirma que os pais não sabem como tudo aconteceu. Segundo ele, o casal está ajudando no que pode na investigação.
De acordo com os médicos que operaram a criança e pela análise preliminar da polícia, seria muito difícil que a menina tivesse engolido as agulhas, já que nenhum órgão foi perfurado. Há ainda a possibilidade que a menina tenha sido vítima de um ritual de magia negra.