Menino de 12 anos morre eletrocutado ao pegar pipa em casa abandonada

De acordo com vizinhos, a residência está interditada desde 2022 e tinha tido grades eletrificadas irregularmente.

Rynderson Edson Moura da Silva | Redes Sociais
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Um menino, de 12 anos, morreu após sofrer um choque enquanto empinava pipa em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, nesta quarta-feira (16). De acordo com a família, Rynderson Edson Moura da Silva tinha ido buscar a pipa que caiu no terreno de uma casa abandonada quando foi eletrocutado. Vizinhos relataram que no local havia gambiarras feitas pelo proprietário para impedir a aproximação de pessoas. 

"Quando cheguei lá, ele estava agarrado com o fio na mão. Pulei o muro, peguei um PVC que estava no terraço e 'dei' na mão dele, para soltar o fio", disse a tia do menino, Cintia, à TV Globo.

Conforme testemunhas, Rynderson estava brincando com um amigo na ocasião, quando a pipa caiu no terreno de uma casa em uma área de morro. De acordo com vizinhos, a residência está interditada desde 2022 e tinha tido grades eletrificadas irregularmente.

Rynderson descia essas grades, quando foi atingido pelo choque. Imediatamente o amigo do menino desceu em busca de ajuda. Outra tia da vítima, Joyce, afirmou à reportagem que vizinhos ainda tentaram fazer respiração boca a boca para reanimá-lo, sem sucesso.

Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Engenho Velho, também em Jaboatão: “ele já estava molinho e roxo, com a mão queimada. [...] Tirou um pedacinho da gente, quebrou a família. A gente só quer justiça”.

O pedido de justiça se dá porque o dono da casa, onde ceifou a vida de Rynderson, teria feito uma gambiarra nos fios para cercar as grades, janelas e portas, para impedir que pessoas entrassem. A Polícia Civil investiga o caso como morte a esclarecer 

A avó de Rynderson, Sônia, disse que considera que a morte do neto foi um crime. O corpo de Rynderson foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML).

"Ele era muito querido aqui e em todo canto. Era um menino treloso como qualquer outro, que gostava de brincar, de papagaio. Foi uma fatalidade, e só podemos agora pedir a justiça de Deus, e eu creio que a da terra vai ser feita também. Eu estou confiando. Esse crime não pode ficar impune, porque foi um crime. Tiraram a vida do meu neto", afirmou a avó à TV Globo.

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