Uma mãe resolveu mudar os hábitos do filho mais velho, de 13 anos, quando percebeu que ele vinha fazendo comentários machistas. Segundo a microempresária Gracy Izaú, de 31 anos, o menino disse que "lavar louça é coisa de mulher e que homem não tem obrigação de fazer serviços domésticos".
A mãe, então, instituiu que, a partir daquele momento, o menino seria o 'lavador oficial' das louças da casa. E o caçula também não fugiu das novas regras. É dele a obrigação de recolher a louça que fica na mesa depois das refeições.
“Eu estava fazendo o jantar e meu marido estava fazendo outras tarefas. Meu filho reclamou que estava com fome e que o jantar estava demorando. Aí eu falei para ele que, se ele lavasse as louças, o jantar sairia mais rápido. E aí ele soltou a pérola. Foi quando tomamos a decisão”, disse Gracy.
Apesar da resistência inicial do filho, ela se manteve firme na decisão. “Na hora ele também achou que era brincadeira. Mas eu fui incisiva com ele. 'Sim, você vai fazer. Essa tarefa é sua'. Então, ele questionou 'e meu irmão? Ele é pequeno e não faz?'. Então, dei outra tarefa ao menor. Ele não aceitou de cara, mas lavou e lavou muito bem, viu?”, disse rindo.
A atitude da mãe foi elogiada nas redes e o post viralizou, tendo mais de 2.600 compartilhamentos. Para ela, a atitude não foi uma punição, mas uma forma de conscientizar os filhos e torná-los homens mais conscientes.
“Hoje, por exemplo, quando chegamos em casa, eu lembrei que tinha louça para lavar. E eles fizeram. Não foi uma punição. Foi para que ele perceba que isso não é uma tarefa exclusiva de mulher e que ele pode fazer. Foi por isso que eu e meu marido tomamos essa atitude. Acho que issso impacta o futuro deles. As noras que virão merecem respeito, o mesmo respeito que eles têm a obrigação de ter comigo. Precisam saber que elas não são empregadas, mas companheiras deles e que tarefas do lar não são funções específicas delas”.
Mas, apesar do forte apoio, Gracy também foi questionada.
“E eu creio que, de acordo com os comentários e a repercussão que teve, a aprovação é quase que unânime das mães. As que não faziam coisas assim, querem mudar. Tem gente que não concorda, claro, mas ações como essas fazem crianças conscientes e, no futuro, homens conscientes”, disse.