Na última quarta-feira (03/09), a foto do pequeno Aylan Kurdi, de 3 anos, morto após se afogar em uma praia na Turquia chocou todo o mundo e virou símbolo da crise migratória na Europa. Segundo informações, o pequeno estava com os seus familiares, pai, mãe e irmão mais velho, em destino para o Canadá, onde iriam encontrar um parente.
De acordo com a agência ‘Associated Press’, o governo norte-americano já teria rejeitado o pedido de cidadania da família em junho. O pequeno foi um dos 12 refugiados sírios que se afogaram, ao tentar alcançar, de barco, a ilha grega de Kos. Outras cinco crianças, além do irmão dele, Galip, de 5 anos, morreram. A mãe dos meninos, Rehan, também morreu na travessia. Abdullah, o pai, sobreviveu.
O homem conta que agora tudo o que deseja é voltar para Kobane, terra-natal da família, para enterrar seus familiares, segundo sua irmã, Teema Kurdi, contou ao jornal “National Post”. Ela diz que soube das mortes ainda de madrugada, através da ligação de um parente. Teema mora em Vancouver, no Canadá, há cerca de 20 anos, onde trabalha como cabelereira.
De acordo com a “Associated Press”, ele disse que, a pedido de Teema, pediu o visto para os parentes dela, mas oficiais da imigração não o aceitaram. “É uma notícia terrível e devastadora”, disse Donelly sobre a morte dos imigrantes. “A frustração da espera e a falta de ação é terrível”. O ministro da imigração no Canadá Chris Alexander ainda não comentou o caso.
Teema conta que iria ajudar financeiramente os parentes quando eles chegassem ao Canadá. “Eu estava tentando apoiá-los. Eu tenho amigos e vizinhos que me ajudaram com depósitos bancários, mas não conseguimos tirá-los (legalmente do país), por isso, eles foram para o barco. Eu mesma estava pagando o aluguel deles na Turquia”, disse ela.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2,5 mil pessoas morreram tentando atravessar o Mediterrâneo este ano. Milhares de pessoas estão fazendo a travessia entre a Turquia e a Grécia. A maioria é de sírios fugindo da guerra. Outros são do Afeganistão e do Iraque.