Mercadinhos de THE sobrevivem à concorrência

Basta seguir para as regiões periféricas de Teresina para encontrar dezenas de mercadinhos

RIVALIDADE | Mercadinhos de bairro concorrem à altura com grandes redes de supermercado | Reprodução/Jornal Meio Norte
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Os tradicionais mercadinhos, pequenos estabelecimentos comerciais onde é possível encontrar tudo, ainda são uma grande opção para muitos consumidores e, além disso, se configura como uma importante alternativa de negócio.

Não é para menos que ainda é possível encontrá-los em grande quantidade, sobretudo nos bairros mais distantes da cidade.

Basta seguir para as regiões periféricas de Teresina para encontrar dezenas deles; muitos instalados lado a lado e até mesmo localizados bastante próximos a grandes supermercados, seus maiores concorrentes. No entanto, mesmo que haja a concorrência, eles ainda conseguem sobreviver e manter a clientela através de artifícios como o tradicional fiado.

Na região da Grande Teresina são mais de 4 mil mercadinhos distribuídos pela capital e segundo a Associação dos Merceeiros e Proprietários dos Mercadinhos de Teresina, a tendência é crescer ainda mais, em virtude, principalmente do índice de desemprego. Quando uma pessoa sai do emprego, montar o próprio negócio é sempre uma primeira opção e os mercados acabam sendo uma alternativa bastante viável devido à sua facilidade de manutenção e retorno.

Mas antes mesmo dos mercadinhos, muitos desses pontos já foram mercearias. A diferença está na própria facilidade de acesso ao produto. Vender sem ter acesso a ele antes mesmo da compra, não é mais uma vantagem nem para o cliente nem para o merceeiro.

?Mercearia acabou em Teresina. Aquele ponto em que você chega no balcão e pede os produtos praticamente não existe mais. Hoje somos pequenos mercados onde o cliente tem a opção de escolher. Antes, ninguém tinha acesso ao produto; arroz, açúcar era tudo a granel. A modernidade está chegando e a gente precisa se reinventar. Os clientes estão mais exigentes e a gente precisa se adequar às tendências do mercado?, pontua o comerciante Raimundo Soares.

Merceeiros se unem para garantir vantagens

Frente à grande concorrência das redes de supermercados, os próprios merceeiros têm buscado alternativas para conseguir se manter no mercado. Com a expansão dos grandes comércios, muitos pequenos comerciantes acabam por dividir espaço, lado a lado com unidades dessas redes, e se não buscarem formas de se manterem, correm sério risco de falirem.

Além da qualidade dos produtos, consegui-los a preços mais baixos para repassar a vantagem ao cliente é, sem dúvida, uma importante maneira de garantir a fidelidade dos clientes. Com esse objetivo é que merceeiros de Teresina se uniram para fazer representatividade frente aos distribuidores. Na capital, três grupos funcionam como uma rede que, com maior número de empresários, consegue levar produtos mais baratos aos consumidores.

?Nós nos reunimos para buscar melhorias para pequenos comércios, correndo atrás das indústrias, atacados e distribuidoras com a finalidade de encontrar um menor preço. Com isso, nós somos recebidos pelos atacadistas não como um, mas como um grupo, e por isso temos o poder de competitividade no mercado?, avalia Raimundo Soares, presidente de uma das centrais de negócios que atua em Teresina.

Procurar melhorar o atendimento e formas de adequar às mudanças do mercado e exigências dos consumidores também são uma meta desses grupos. ?O nosso crescimento não é tão grande, mas queremos, além de crescer, nos manter no mercado. Para isso, a gente precisa se adequar. Quanto mais formas de conquistar o cliente, melhor?, afirma Soares.

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