Mesmo com revogação do aumento nas tarifas de transporte público, manifestações estão mantidas

Protestos para hoje estão mantidos

Manifestantes na Candelária | O Globo
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A revogação do aumento de R$ 0,20 nas tarifas de transporte público de São Paulo, anunciada na tarde desta quarta-feira, 19, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), não impedirá a realização do sétimo grande ato contra o aumento das passagens, marcado para acontecer nesta quinta, 20, às 17h, na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Também no Rio e em outras cerca de 80 cidades pelo país - entre elas 17 capitais - mais de um milhão de pessoas se comprometeram, através das redes sociais, a comparecer aos protestos desta quinta.

Representantes dos movimentos que organizaram a série de protestos em São Paulo deliberaram pela manutenção do ato, em solidariedade aos manifestantes de outras cidades do país e como forma de ratificar "que essa conquista só foi possível porque fomos às ruas", disse Maurício Costa, presidente do PSOL de São Paulo.

Maurício e integrantes do movimento, entre eles o Passe Livre, que articulou os protestos, estavam reunidos no Sindicato dos Advogados, na região central da capital, quando souberam pela imprensa que Haddad e Alckmin fariam o anúncio relativo ao valor da tarifa. "Ficamos sabendo pela mídia. Estávamos reunidos para organizar a manifestação de amanhã", afirmou o presidente do PSOL de São Paulo.

Logo após o anúncio da redução de tarifa, os membros do Movimento Passe Livre se reuniram em um bar para comemorar. Eles afirmam que a luta agora é pela tarifa zero. "O MPL agora é, de fato, Passe Livre", disse Pedro Bernardo, 28.

Rio

Também no Rio de Janeiro, os organizadores do movimento que protesta contra o valor das passagens do transporte e contra os gastos nos eventos esportivos decidiram manter a manifestação desta quinta.

Inicialmente está previsto que eles vão caminhar da Igreja da Candelária até a Prefeitura, mas já há, na internet, quem defenda que a passeata termine no estádio do Maracanã, onde será realizada partida entre Espanha e Taiti pela Copa das Confederações.

?Mesmo com a diminuição da passagem, o ato está confirmado. É muito mais que 20 centavos que queremos. Eduardo Paes afirmou que a redução será paga com recursos públicos (saúde, educação...). Queremos que seja paga do lucro dos empresários?, diz texto na página do Facebook que convoca para o protesto no Rio.

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