Ovidio Guzmán López, conhecido por "El Ratón", filho do narcotraficante Joaquín "Chapo" Guzmán, foi extraditado nesta sexta-feira (15), pelo México para os Estados Unidos. Segundo informações do secretário de Justiça americano, Merrick Garland, o acusado é líder do cartel de Sinaloa, herança do pai.
Conforme informações preliminares dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças, em 2022, cerca de 109 mil mortes por overdose ocorreram nos Estados Unidos. A Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) aponta o Cartel de Sinaloa como o principal culpado pelo tráfico de fentanil, substância que é aproximadamente 50 vezes mais potente do que a heroína e tem sido responsável por uma parte significativa dessas tragédias relacionadas ao abuso de drogas no país.
Após "El Chapo" ser capturado e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, seus quatro filhos, também chamados de "Los Chapitos", assumiram o comando do cartel de Sinaloa, enfrentando acusações de tráfico de drogas por parte das autoridades em Washington.
"Como resultado da cooperação entre as forças de ordem do México e dos EUA, Ovidio Guzmán López, líder do cartel de Sinaloa, foi extraditado para os EUA", informou Garland.
Em janeiro, Ovidio Guzmán foi detido no México em uma operação que resultou em 29 mortes, incluindo 10 militares e 19 indivíduos supostamente envolvidos em atividades criminosas. Essa ação ocorreu quando membros do Cartel de Sinaloa tentaram resgatar seu líder. Merrick Garland, por sua vez, elogiou "a notável coragem" das forças de segurança dos Estados Unidos e do México, bem como dos militares envolvidos na operação.
Em 17 de outubro de 2019, Guzmán já havia sido capturado em Culiacán, mas o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, posteriormente ordenou sua libertação. O presidente justificou sua decisão ao afirmar que ela impediu um derramamento de sangue, uma vez que as forças militares se encontraram cercadas por indivíduos armados durante a ação.