O Ministério da Saúde divulgou nota informativa alertando estados e municípios para o aumento no registro de casos de recorrência e resistência medicamentosa da hanseníase e a baixa definição clínico-laboratorial da doença em diferentes regiões do país, no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinam).
Definem-se como recorrentes todos os casos de hanseníase, tratados regularmente e que receberam alta por cura voltam a apresentar novos sinais e sintomas clínicos da doença infecciosa ativa.
Segundo a nota, os casos de recidiva em hanseníase são raros em pacientes tratados corretamente, cumprindo os esquemas de tratamento.
Em 2014, o Brasil diagnosticou 31 mil novos casos da doença, sendo que a estatística coloca o país em primeiro lugar, no mundo, em número absoluto de casos. No Piauí, foram notificados 1.144 casos de hanseníase, sendo que 81 deles acometeram crianças e adolescentes menores de 15 anos.
“Estamos lutando para melhorar essa situação da hanseníase no Estado, doença ainda negligenciada nos municípios piauienses. Por isso esse alerta do Ministério”, disse a supervisora estadual de Hanseníase, Eliracema Alves.
A hanseníase é uma doença comum e tem cura
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae) que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem.
É transmitida principalmente pelas vias respiratórias de pacientes contaminados não tratados. O tratamento é a poliquimioterapia – PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
A principal forma de prevenir é o diagnóstico precoce. Sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas, deve-se procurar o médico.