O Ministério da Saúde atualizou a estratégia de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, com as mudanças sendo detalhadas em um informe técnico divulgado nesta semana. Conforme informado pela pasta, as novas diretrizes já foram encaminhadas às secretarias de saúde de todos os estados.
Entre as principais novidades, destaca-se a inclusão do imunizante no Calendário Nacional de Vacinação de rotina para gestantes e idosos. Em janeiro, a proteção contra o coronavírus já havia sido incorporada ao calendário infantil. Outra atualização importante é a chegada de uma nova vacina no país, desenvolvida pelo laboratório Novavax.
Com a nova estratégia, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda uma dose da vacina contra a Covid-19 para gestantes em cada gestação, podendo ser aplicada em qualquer fase da gravidez. Já para idosos com 60 anos ou mais, será indicada uma dose a cada seis meses, independentemente do número de doses previamente recebidas.
Para ambos os grupos, podem ser utilizados qualquer um dos três imunizantes atualmente disponíveis no Brasil: Pfizer, Moderna ou Novavax, este último comercializado pela Zalika Farmacêutica.
Para crianças entre 6 meses e 5 anos que ainda não foram vacinadas, o esquema primário pode ser realizado com os imunizantes da Moderna ou da Pfizer. A CoronaVac, anteriormente recomendada para crianças de 3 e 4 anos, foi excluída da estratégia de imunização nacional.
No caso da vacina da Moderna, o esquema prevê duas doses, com um intervalo de quatro semanas entre elas. Já para a vacina da Pfizer, são necessárias três doses: a segunda deve ser administrada quatro meses após a primeira, e a terceira, oito meses depois da segunda.
Para os demais grupos prioritários, a proteção e as doses de reforço continuam sendo oferecidas no Brasil por meio do esquema de "vacinação especial". Embora não tenham sido incluídas no calendário de vacinação de rotina, essas doses permanecem disponíveis.
OS GRUPOS SÃO:
Imunocomprometidos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.
Para os imunocomprometidos, o Ministério da Saúde recomenda uma dose da vacina a cada seis meses, enquanto para os demais o reforço é indicado anualmente.
NOVA VACINA NO BRASIL
O Brasil iniciou em dezembro a distribuição da vacina Covovax (NVX-CoV2373), desenvolvida pela Novavax e produzida pelo Instituto Serum, da Índia. Aprovada pela Anvisa em janeiro para maiores de 12 anos, a vacina já é usada em países como os EUA. Comercializada pela Zalika Farmacêutica no Brasil, a Covovax destaca-se pela segurança, eficácia, longa validade e facilidade de armazenamento, podendo ser mantida entre 2°C e 8°C.