O concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), destinado a preencher 1.500 vagas imediatas, o é alvo de ação judicial movida pelo Ministério Público Federal (MPF) para garantir a reserva de 20% dos postos a candidatos negros em todas as fases da seleção, e não apenas na apuração da classificação final.
A ação também pede a suspensão do processo seletivo até que a regra de cotas adotada para correção das provas discursivas seja revista pelo Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), banca responsável pela organização do certame.
Em despacho assinado ontem, o juiz federal Edmilson da Silva Pimenta, titular da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Sergipe, deu prazo de 72 horas para que o Cebraspe se manifeste sobre a demanda do MPF, antes de decidir se concede ou não a liminar para paralisação do concurso.
Procurado pelo JC Concursos, o Cebraspe não quis comentar o caso. A banca informou apenas, por meio de sua assessoria de imprensa, "que se manifestará nos autos do processo".
Saiba como é a seleção
Válidas pela primeira fase, as provas objetiva e discursiva foram aplicadas em 9 de maio. Em seguida, a banca iniciou a convocação dos candidatos aprovados para as seguintes etapas:
exame de aptidão física;
avaliações psicológica e de saúde;
análise de títulos;
apresentação de documentos;
investigação social.
Detalhes sobre o edital
No total, 304,3 mil candidatos disputam 1.500 vagas para policial rodoviário. Opção para profissionais com curso superior em qualquer área, a carreira oferece salário inicial de R$ 10.357,88 – já considerando o auxílio alimentação de R$ 458.
Do total de oportunidades, 1.125 são para ampla concorrência. As outras 375 chances estão distribuídas da seguinte forma: 300 reservadas a candidatos negros e 75 a pessoas com deficiência.
Há também a expectativa de convocação de 500 excedentes no início de 2022, totalizando 2.000 nomeações, segundo informou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).