O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reafirmou nesta quinta-feira, durante entrevista a emissores de r?dio, que os reajustes a servidores p?blicos e militares est?o suspensos at? que o "rombo" de R$ 40 bilh?es no Or?amento, provocado pela extin??o da CPMF (Contribui??o Provis?ria sobre Movimenta??o Financeira), esteja resolvido.
"N?s queremos retomar o di?logo com os servidores, mas eu preciso reequilibrar o or?amento, porque do contr?rio vai ser uma loucura. A sa?de precisa de R$ 20 bilh?es, n?s precisamos resolver isso. Acho que qualquer pessoa no Brasil entende que isso ? priorit?rio."
O governo anunciou na semana passada um pacote para compensar a arrecada??o que ser? perdida com o fim do chamado "imposto do cheque". Entre as medidas anunciadas est? o aumento das al?quotas do IOF (Imposto sobre Opera??o Financeira) e da CSLL (Contribui??o Social sobre Lucro L?quido) do setor financeiro, al?m da realiza??o de um corte de R$ 20 bilh?es nas despesas de custeio e investimento dos tr?s Poderes.
Em resposta ao eventual cancelamento dos reajustes salariais, a Condsef (Confedera??o dos Trabalhadores no Servi?o P?blico Federal) amea?a convocar uma plen?ria logo depois do Carnaval para discutir uma poss?vel paralisa??o dos servidores p?blicos.
A Condsef n?o aceita as explica?es do governo e quer o cumprimento de um acordo negociado em dezembro. "Nosso reajuste n?o pode ser cancelado por conta de um motivo que n?o tem nada a ver com o funcionalismo. Os servidores n?o t?m culpa de nada", disse S?rgio Ronaldo da Silva, diretor da confedera??o.
"A greve n?o vai resolver o problema do Or?amento. Temos que ter um pouco de paci?ncia, bom senso. Vamos sentar e conversar, mas n?o tem como dar este reajuste agora", disse Bernardo.