A Mocidade Alegre alcança seu bicampeonato no Carnaval de São Paulo. Após a divulgação das notas do Grupo Especial nesta terça-feira (13), a Dragões da Real garantiu o segundo lugar, seguida pela Acadêmicos do Tatuapé em terceiro. Com esta vitória, a agremiação agora ostenta seu 12º título, solidificando-se como a segunda escola com mais conquistas na história do carnaval paulista, ficando atrás apenas da Vai-Vai, que acumula 15 títulos.
Originária do bairro do Limão, na Zona Norte de São Paulo, a Mocidade Alegre desfilou com o enredo "Brasiléia Desvairada - A busca de Mário de Andrade por um país", retratando a jornada do escritor modernista pelos diversos cantos do Brasil em busca de compreender sua essência e o que impulsiona o país.
Um dos momentos mais marcantes do desfile foi a apresentação da ala das baianas. À primeira vista, as fantasias pareciam feitas de concreto, como se o cimento tivesse sido derramado sobre o tecido das saias. No entanto, na realidade, elas simulavam a pedra-sabão, o mesmo material utilizado pelo renomado escultor Aleijadinho em suas obras barrocas em Minas Gerais.
Cada detalhe das fantasias das baianas foi meticulosamente trabalhado para reproduzir a aparência da pedra. Desde a renda até as luvas e cílios, tudo foi pintado para refletir a textura da pedra. O responsável pelo design das fantasias realizou uma pesquisa minuciosa para desenvolver uma tinta que reproduzisse fielmente o efeito da pedra, e pintou 48 baianas em apenas uma semana.
A apuração das notas utilizou o critério de "harmonia" como desempate, sendo "evolução" o primeiro quesito a ser avaliado. De forma incomum, nenhum dos 14 desfiles do Grupo Especial ocorreu sob chuva.
A leitura das pontuações atribuídas pelos jurados foi realizada exclusivamente na presença de diretores das escolas, convidados e profissionais da imprensa. Houve um incidente em que a jurada Bia Cagliani esqueceu de atribuir uma nota de evolução para a escola Império de Casa Verde, levando a Liga das Escolas de Samba a calcular uma média aritmética para determinar a pontuação. Ao final, a Império obteve 10 pontos.
A média aritmética foi calculada com base nas últimas notas atribuídas à escola e, em seguida, arredondada para cima pela direção.
Tom Maior e Independente Tricolor são rebaixadas para Grupo de Acesso
A Tom Maior e a Independente Tricolor não conseguiram evitar o rebaixamento no Carnaval de 2024, terminando a apuração com a mesma pontuação de 268,7, a menor entre as 14 concorrentes, e sendo assim, foram direcionadas ao Grupo de Acesso I para o próximo ano.
A apuração dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial ocorreu nesta terça-feira (13), no Sambódromo do Anhembi. A Liga Independente das Escolas de Samba realizou o sorteio da ordem de leitura dos quesitos da apuração do Carnaval 2024 em São Paulo na segunda-feira (12).
A sequência de leitura das notas dos nove quesitos foi determinada da seguinte forma:
1. Evolução
2. Comissão de Frente
3. Fantasia
4. Enredo
5. Samba-Enredo
6. Bateria
7. Alegoria
8. Mestre-sala e porta-bandeira
9. Harmonia
Quando as escolas pisam na Avenida, iniciam o desfile com a pontuação máxima de 10 em todas as categorias. A partir daí, os 36 jurados do Grupo Especial - quatro para cada categoria - consultam um manual e, a cada décimo retirado, fornecem justificativas baseadas no documento. Além disso, os avaliadores recebem uma pasta contendo o planejamento da escola para comparar com o que foi apresentado durante o desfile.