Durante a 8ª Campanha de Avistagem Aérea do Projeto de Monitoramento de Cetáceos (PMC), realizada no primeiro trimestre desse ano pela consultoria que presta serviços para a Petrobrás, pesquisadores registraram um grupo de 40 cachalotes (Physeter macrocephalus) a mais de 300 quilômetros das praias do litoral de São Paulo.
Sob classificação como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), os animais passearam em grupo,impressionando os pesquisadores que vistoriavam o local durante monitoramento na área de exploração de petróleo do pré-sal. "Em termos de registro, é raro. Estamos, justamente, estudando o comportamento delas, já que estão geralmente concentradas no talude [região de declive] da plataforma continental [porção mais rasa, de até 200 metros de profundidade], mais na região sul", explica o biólogo José Olímpio da Silva Junior, coordenador da Socioambiental, que faz pesquisa a pedido da Petrobras.
Chegando a medir 18 metros de comprimento, as cachalotes se alimentam de peixes e outros animais marinhos. Os animais que podem pesar até 57 toneladas, estavam se deslocando para a superfície, próximas à extremidade da Bacia de Santos.