Moradores denunciam carnificina de gatos no bairro Bela Vista, na zona Sul de Teresina

Os moradores dos Bairros Bela Vista I e II denunciam que está havendo uma verdadeira carnificina de gatos na região. De acordo com relatos, pessoas estão jogando carne com veneno de rato nas ruas

Gatos | Reprodução
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Os moradores dos Bairros Bela Vista I e II denunciam que está havendo uma verdadeira carnificina de gatos na região. De acordo com relatos, pessoas estão jogando carne com veneno de rato nas ruas para que os felinos encontrem o seu fim. Em razão da prática, muita gente já perdeu animais de estimação, e a revolta é grande.

Uma senhora da região, que não quis se identificar, afirma que o indivíduo que mata os animais age ao anoitecer, espalhando a carne envenenada por todo o bairro: “É revoltante. Quando a gente acorda, só o que tem é gato morto no meio da avenida. Já morreram dois gatos meus, e realmente não sei mais o que fazer. A gente falta ficar doente de tanta tristeza”, reclama.

Para Isabel Moura, fundadora e diretora financeira da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (APIPA) essa situação é inadmissível, e deve ser encaminhada ao Ministério Público com as devidas provas dos crimes: “Isso tem que ser denunciado para o Ministério Público. Me sinto impotente de não poder fazer nada, é uma situação gravíssima contra a lei e à vida. A vontade que a gente tem é dar um jeito nessas pessoas todas, deixá-las presas para que elas deem valor a vida”, afirma.

A legislação que rege a matéria de maus tratos a animais está prevista na Lei de Crimes Ambientais Nº 9.605, de 1998. No texto, precisamente no artigo 32, está claro que aquele que “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” está sujeito a detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa.

Porém, na prática a lei não é cumprida da melhor maneira: “A lei existe, só não faz é funcionar. O que precisamos é punir essas pessoas. Estamos tentando viabilizar uma delegacia específica para resolver essas questões. Precisamos que as pessoas colham provas, como fotos e vídeos”, explica Isabel Moura.

Isabel compara as mortes a outros tipos de preconceito: “Ao mesmo tempo que existe o racismo, a homofobia e o sexismo, também existe o especicismo, que é quando uma espécie acha que é superior a outra. Quem coloca veneno para matar outra espécie está cometendo especicismo. Temos que avançar na solidariedade e no respeito, pois nós não somos diferentes dos animais em nada”.

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