Os moradores da área costeira de Miami tiveram que evacuar toda a região nesta quinta-feira (07), por conta da passagem do furacão Irma. A partir desta sexta-feira (08), toda cidade tem que esta esvaziada pelos próximos três dias. Já faltam combustíveis em muitos postos de combustíveis de Miami e na estrada que liga Miami a Orlando. Os hospitais vão funcionar as emergências e as cirurgias marcadas até sexta estão confirmadas, mas de sábado e domingo foram canceladas. As escolas e serviços públicos pararam. A polícia está na rua fazendo com que a população saia de casa e procure refugio em locais seguros.
O governador da Flórida, Rick Scott, declarou emergência em 67 condados do Estado. “O furacão Irma é uma grande tempestade e que implica risco de morte, e a Flórida deve estar preparada”, escreveu o governador. Em agosto, completaram-se 25 anos da passagem do furacão Andrew pela Flórida, até o momento o mais mortal na história do Estado, com 65 mortos e 60.000 moradias destruídas. Na segunda-feira, a população de Miami corria aos supermercados para se abastecer com dias de antecedência.
O governo divulgou um mapa dos locais que precisam ser evacuados e as áreas que deve ser evacuadas obrigatoriamente são A e B.
O furacão Irma, o maior já registrado no Oceano Atlântico, com categoria máxima (5) e ventos de 297 quilômetros por hora, varreu nesta manhã as ilhas do Caribe Oriental, enquanto deixa toda a região de Porto Rico até a Flórida em alerta vermelho. O Irma atingiu com "violência extrema" as ilhas de Barbuda, San Bartolomé e San Martín, causando inundações e destruição de infraestruturas. Ainda não há informações precisas sobre danos materiais ou humanos. O governador da Flórida, Rick Scott, disse nesta manhã que se prepara para uma tempestade "com potencial para devastar nosso Estado". Ele enfatizou, ainda, que o Irma "é maior, mais forte e mais rápido do que Andrew", em referência ao furacão de 1992, o mais prejudicial na história recente da península.
Segundo as previsões do Centro Nacional de Furacões dos EUA, entre quinta e sexta-feira, poderia atingir a ilha do Haiti e a República Dominicana, primeiro, e Cuba logo depois. A partir daí, a previsão ainda é incerta, mas, se continuar sua trajetória de ascensão ao noroeste, entre sexta e sábado o furacão — “extremamente perigoso”, alerta o Centro de Furacões — poderia atingir o sul da Flórida, cujo Governo declarou na segunda-feira estado de emergência.
Irma ameaça o Caribe e os EUA poucos dias depois de o furacão Harvey ter devastado o Texas, causando pelo menos 60 mortos e danos materiais de 200 bilhões de dólares (cerca de 620 bilhões de reais). As previsões não descartam que, em vez de ir em direção à Flórida, Irma passe pelo Estreito da Flórida e siga em direção ao Golfo do México. A margem de erro da previsão de quatro ou cinco dias é de 280 a 360 quilômetros.