Devido à grande seca que maltrata as famílias do semiárido piauiense, os moradores da comunidade Moreira, no município de Simplício Mendes, cansados de esperar pela prefeitura municipal que não deu respostas aos reclames das pessoas prejudicadas pela longa estiagem, resolveram buscar uma solução imediata para a falta d?água.Reuniram-se e decidiram pagar com os poucos recursos que tinham nos bolsos algumas horas de uma máquina para cavar um açude na localidade.
A lagoa São José, que sustenta parte do criatório da região na comunidade, já se encontrava em estado crítico, com pouca água. Os animais, quando se encostam ao açude para beber, não davam conta de voltar e ficavam atolados na lama. Moradores ficavam ali horas de plantão à beira do resto dá água esperando seus animais encostar no açude para beber água. Assim, eles queriam evitar que os animais morressem. Diante disso, fizeram pedidos ao prefeito, que não teve o nome revelado, mas nenhuma providência foi tomada.
Então, para não ver os animais ficar sem água para beber, os moradores, vendo que o último resto de água que tinha no açude não dava mais nem 10 dias para o consumo, a única solução encontrada foi a contratação de uma máquina de empresa para fazer a aguada, pagando os serviços com os poucos recursos que tinham. Uns pagaram uma hora de serviço, outros, duas horas, e outros meia hora. O dono da máquina também contribuiu, dando mais três horas de serviços, o que totalizou mais de 30 horas. Com isso, o trator vai cavar o açude para tentar chegar a um olho d?água Lagoa São José, da Comunidade Moreira. Assim, as famílias também podem ser abastecidas pelo menos com água para a higiene pessoal e para utilização na cozinha e na lavagem de roupas.