Os ocupantes irregulares dos apartamentos construídos por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida na região do Residencial Torquato Neto, na zona Sul de Teresina, estão irredutíveis e garantem que não desocuparão os condomínios Caneleiro 1 e 2.
Para tentar buscar um consenso, durante toda manhã de ontem (02) representantes dos invasores, do Ministério Público Estadual, da Prefeitura de Teresina e da Caixa Econômica, estiveram reunidos na sede da Superintendência do banco.
Mais de 60 pessoas se manifestaram em frente ao prédio da Caixa Econômica e com ânimos exaltados reiteraram que, mesmo obrigados pela Justiça, não sairão dos apartamentos.
O ocupante Edivaldo Leite afirma que pretende arcar com os custos do imóvel e não pretende desocupá-lo. “Não temos para onde ir. Já participei cinco vezes do sorteio e nunca fomos contemplados com o programa. Estava tudo abandonado e entramos. Queremos ter direito à moradia”, justifica.
Como resultado da reunião ficou acertado que o acordo com os ocupantes está condicionado à assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta.
A promotora de Justiça, Miriam Lago, participou da reunião, mas não adiantou qual foi a proposta apresentada aos populares.
“Estamos negociando direto com eles [moradores] para que tudo seja resolvido da melhor forma e vamos aguardar o fim da negociação”, disse.
De acordo com a promotora, a ordem de despejo e reintegração de posse emitida pela juíza federal Marina Rocha, não teve o prazo prorrogado por mais dez dias, como alegam alguns ocupantes.
Os imóveis Caneleiro 1 e 2 pertencem à Caixa Econômica e muitos apartamentos ainda não foram entregues a mutuários sorteados. A Caixa Econômica Federal não quis fazer declarações sobre o assunto.