Moradores pedem celeridade na obra da Higino Cunha

Sem encontrar trabalhadores na obra desde a última quarta-feira, a população que mora próximo às obras da Higino Cunha teme atraso na obra

Máquinas Paradas | População denuncia que desde quarta (15) não há trabalhadores | José Alves Filho
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As obras de construção da passagem de nível na Avenida Barão Castelo Branco com Higino Cunha, na zona Sul de Teresina tiveram início no mês de julho, mas tem trazido vários transtornos aos moradores e empresários da região.

De acordo com as pessoas no local, desde quarta-feira à tarde as obras estão paralisadas, o que tem gerado uma grande preocupação de que a obra não seja finalizada em tempo hábil.

Para os comerciantes e empresários da região, os prejuízos já foram sentidos no bolso. Dos 300 veículos que passavam diariamente pelo posto de combustível localizado na Barão, o número de automóveis e motocicletas caiu para zero. ?Para não demitir funcionários transferimos para ou- tras filiais. Aqui estamos parados, não está passando nenhum carro?, conta Antônio Francisco, gerente do posto.

Para agravar a situação, os moradores denunciam que há dias não há nenhum funcionário trabalhando no local.

?Eles pararam a obra meio-dia de quarta-feira, véspera do feriado. Não trabalharam nem sexta, nem ontem (sábado).

Nós queremos que a obra vá para frente e acabe logo e não fique esse transtorno todo. Poeira, causando risco até de a gente adoecer?, completa. Até a última semana, segundo os moradores, as obras aconteciam normalmente, até mesmo durante o sábado. A falta de trabalhadores nos últimos dias causou estranheza por todos que passam no local.

E aos moradores, os transtornos vão muito além da poeira. A coleta de lixo há dias não está sendo feita, já que nem mesmo esses veículos estavam permitidos de entrar no local. ?Aqui passamos quase oito dias sem fazer coleta.

Tivemos que pedir ao engenheiro para liberar a en-trada porque os tambores de lixo estavam lotados?, comenta o morador Luis Ferreira.

Para Antônio Buriti, que mora no local há 32 anos, o que falta é organização. ?Está faltando é cronograma, organização. O que precisa é que alguém da Prefeitura converse com os moradores. Estamos sendo tratados como um nada. Aqui ninguém é contra a obra, queremos que seja executada?, afirma.

SDU Centro-Norte nega que obras pararam

O superintendente de Desenvolvimento da região Centro-Norte, Ribamar Bastos, negou que as obras tenham sido paralisadas. A SDU Centro Norte é o órgão responsável pela obra e garante que o cronograma segue dentro dos prazos previstos.

?Estamos trabalhando primeiro as condições prévias para iniciar a escavação. Estamos afastando a rede de esgoto, água, retiramos a rede elétrica do canteiro central e trabalhamos a parte da fibra óptica. Essa já é a segunda fase da obra?, explica.

A primeira fase, segundo Bastos, se refere às adequações das vias próximas à obra. A terceira etapa é a construção em si. ?Após essa etapa de afastar as tubulações vamos escavar e aí vai ser em um ritmo frenético?, pontua.

Moradores reclamam de aumento no prazo

O prazo de conclusão das obras de construção da passagem de nível na avenida, bem como a ponte sobre o rio Poti tinham previsão inicial de 120 dias, mas esse período aumentou em oito meses. Pelo menos é o que consta na placa informativa no local. A obra, que teve início em julho deste ano deverá ser concluída, portanto, em um ano.

Os moradores dizem que estão se sentindo enganados com a situação. Além de terem que conviver com os transtornos por um bom tempo, alegam que nem mesmo um aviso foi feito a eles.

De acordo com o superintendente da SDU Centro-Norte, Ribamar Bastos, o prazo de um ano se refere à obra como um todo, não apenas o rebaixamento. ?Inclui nesse prazo a construção da ponte, que inclui a ponte nova. O rebaixamento continua com o prazo de quatro meses, mas vamos fazer em três, trabalhando em um horário mais extenso?, garante.

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