Um ônibus foi queimado na manhã deste domingo na região do Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo, após uma adolescente de 17 anos ser morta em uma troca de tiros entre um policial e bandidos. Segundo a rádio CBN, a estudante Larissa Leite levou um tiro no peito por volta de meia-noite, quando saía para uma festa.
No momento do disparo, um policial civil de folga perseguia dois ladrões em uma moto e teve início uma troca de tiros na avenida Nossa Senhora da Assunção. Um dos disparos acabou atingindo Larissa.
A mãe da jovem, a empregada doméstica Simone Aparecida Leite, se disse revoltada com o corrido. "Se tem bandido em fuga, perto de inocente, por que não parar? Por que tem que atirar na hora em que a minha filha está passando? Estou revoltada mesmo", disse. Ela e outros moradores do bairro participaram do protesto contra a morte da jovem, que terminou em um ônibus incendiado.
De acordo com o motorista do coletivo, Jucimar da Cruz Nascimento, o ônibus foi invadido por pessoas com o rosto coberto, mas ninguém se feriu. "Alguns estavam com o rosco coberto, a maioria não estava. Falaram que foi represália por uma morte na favela ali embaixo. Estou trêmulo e o cobrador, inclusive, perdeu todos os documentos, por não deu tempo de tirar. Falei que não tenho mais condições de trabalhar hoje. Foi a primeira vez, mas não quero mais passar por isso", disse.
O ônibus incendiado fazia a linha 3702-C, entre o Jardim Bonfiglioli e a região do Belém. Segundo informações, um dos suspeitos na moto também morreu na troca de tiros.