Moradores reivindicam pavimentação das ruas na zona Sul de Teresina

O bairro existe há 13 anos, e abriga cerca de 800 famílias que precisam urgentemente do amparo das autoridades para viver com dignidade

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Os moradores do Bairro Parque Eliane, zona Sul de Teresina, sentem-se abandonados pelo poder público. As reivindicações dos moradores são muitas, onde a má pavimentação das ruas é a principal, pois dificulta a mobilidade dentro do bairro.

Além disso, os moradores também reclamam da falta de escola, espaço de lazer, segurança e a inexistência de linhas de ônibus circulando dentro do Parque Eliane. O bairro existe há 13 anos, e abriga cerca de 800 famílias que precisam urgentemente do amparo das autoridades para viver com dignidade.

No que diz respeito à pavimentação das ruas, Rita de Cássia Macêdo Alves, a presidente da Associação dos Moradores do Parque Eliane, diz que já bateu as portas da SDU/Sul pedindo providências, mas que nunca obteve resultados.

“Eles falaram que só podiam fazer uma rua, que é a Rua São José, só que nós estamos necessitando que eles consertem também as outras”, diz Rita de Cássia.

As outras ruas mencionadas por Rita de Cássia são quatro vias projetadas, que possuem buracos tão grandes que são praticamente intrafegáveis. Ela conta que a prefeitura tampa os buracos, mas não fazem o calçamento, por isso não adianta nada.

“Agora a gente está no tempo da poeira, mas no inverno, quando chove, a gente fica dentro da lama”, relata a presidente da Associação dos Moradores.

A dona de casa Leila Rachel mora em uma dessas ruas projetadas e contou à reportagem que, no período de chuva, a rua se torna um verdadeiro pesadelo, pois a lama já chegou a invadir sua residência. “Essa rua tem buraco demais, e quando chove é lama, é lixo, tudo entrando dentro da casa da gente”, conta a moradora.

Ela teme, inclusive, que nas próximas chuvas a calçada de sua casa não aguente a força da lama trazida pela enxurrada.

A população, revoltada, já realizou manifestações para chamar atenção aos problemas do bairro e, a partir disso, conseguiram que máquinas fossem enviadas à comunidade para realizar a limpeza das ruas. Mas ainda assim, ninguém está satisfeito com o serviço e Rita de Cássia garante mais protestos em breve.

Para a SDU/Sul, as providências já estão sendo tomadas. “Nós acabamos de usar o contrato de máquinas e equipamentos para fazer essa melhoria de vias no Parque Eliane.

As máquinas só vão sair de lá quando todas as ruas tiverem essas melhorias”, declara Márcio Sampaio, gerente de obras da Superintendência.

Porém, as melhorias citadas por Márcio são o tratamento das vias, a partir da limpeza realizada por máquinas, o que não inclui o calçamento e pavimentação das ruas, que é a principal reivindicação dos moradores.

Terreno destinado ao lazer é invadido

De acordo com Rita de Cássia (foto), outro problema sério do Parque Eliane é um terreno localizado entre as Ruas São José e Gavinha. Ela conta que neste terreno seria construída uma horta comunitária - neste espaço já foi implementado um poço pela AGESPISA - e um centro de lazer, visto que não há nenhum espaço destinado à diversão dos jovens da comunidade.

Como não há o menor sinal de obras, muitas pessoas estão aproveitando para ocupar o local e construir casas. Ela teme que, com isso, as coisas andem ainda mais devagar para a população do Parque Eliane.

A respeito deste projeto mencionado pela presidente da Associação dos Moradores, a gerência de obras da SDU/Sul diz não ter conhecimento deste espaço de lazer.

Crianças têm dificuldades de ter acesso à escola

O Bairro Parque Eliane não possui nenhuma escola, por isso, as crianças e jovens têm que se deslocar para outros bairros para poder estudar. Esse deslocamento é realizado por dois ônibus escolares disponibilizados pela prefeitura para este fim.

O problema é que muitas dessas crianças estudam em escolas fora da rota dos ônibus: "É um sofrimento para as crianças irem à escola. As crianças perdem muita aula por isso", reclama Rita de Cássia. "Se aqui tivesse uma escola, a gente não estaria passando por isso", complementa.

A população já solicitou a instalação de uma escola para a comunidade, mas a solicitação não foi atendida da forma esperada. "A gente reivindicou com um abaixo-assinado a vinda de uma escola para cá.

Ano passado disseram que a verba tinha chegado para a construção de uma escola, só que, agora, é para a gente receber uma creche. Mas nem essa creche a gente recebeu", explica Rita de Cássia.

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