
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral, solicitou informações sobre repasses a seis empresas que prestaram serviços de disparos em massa de mensagens nas eleições de 2018.
Na decisão, o ministro deixa claro que vai apurar se essas empresas também estão envolvidas na disseminação de fake news sobre o Supremo Tribunal Federal. Moraes é relator do inquérito que apura ataques e ameaças à corte.
Segundo o ministro, o modus operando empreendido pelas empresas em 2018 é muito semelhante, em tese, ao utilizado desde então para atacar o Supremo Tribunal Federal.

As empresas listadas entraram na mira do TSE depois que reportagem da Folha de S.Paulo, em 2018, afirmou que empresários pagaram disparos em massa de mensagens para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro, atacando seus adversários.
Na decisão, Moraes solicita informações sobre quaisquer pagamento feito por candidatos ou partidos em 2018 e 2020 a essas empresas. Ele também ordena a remessa de informações que estão sob a guarda do TSE e do Tribunal de Contas da União e determinou que a Polícia Federal escute ex-funcionários ou proprietários dessas agências. Hans River do Nascimento, que foi levado por bolsonaristas à CPI das Fake News para atacar a jornalista Patrícia Campos Mello, autora da reportagem da Folha, está entre os que, agora, terão de prestar informações ao Supremo. Ele foi condenado em primeira instância pelos ataques que fez à jornalista.