O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta quarta-feira (7) que espera contar com o ministro da Segurança, Raul Jungmann, como um "conselheiro informal" do novo governo.
Moro esteve em Brasília nesta quarta-feira para se reunir com Jungmann e discutir a transição de governo. Após o encontro, fez uma declaração no Palácio da Justiça.
"Gostaria de contar com o ministro Jungmann como um conselheiro informal, com toda sua experiência na área da gestão pública e na área da segurança", declarou Moro.
Na composição atual do governo, existem os ministérios da Justiça e o da Segurança Pública. No governo Jair Bolsonaro, as duas pastas serão unificadas.
Após a declaração de Moro, Raul Jungmann fez uma rápida declaração à imprensa na qual disse estar à disposição do futuro ministro "agora e depois".
"Quero agradecer as suas palavras e dizer que estaremos à disposição agora e depois", disse Jungmann.
Encontro com Jungmann
Ao deixar o encontro com Jungmann, Sérgio Moro disse manter relação "muito cordial" com o atual ministro, o que, na opinião dele, facilitará a transição de governo.
"É como se trocasse o pneu de um carro. A máquina pública não pode parar. Facilita essa cordialidade e contato que manteremos a partir de agora", afirmou.
À imprensa, o futuro ministro avaliou como "muito importantes" as ações desenvolvidas por Jungmann na segurança pública, acrescentando que houve "restruturação financeira do setor".
"Sem recursos, não é possível desenvolver projetos, desenvolver políticas públicas", completou Moro.
Nomeação
Até então responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, Sérgio Moro aceitou na semana passada um convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça.
Segundo a assessoria do novo governo, Moro, que está de férias, será nomeado integrante da equipe de transição que atua em Brasília.
À frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro comandará, por exemplo, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Penitenciário Nacional e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, por exemplo.