Faleceu ainda na noite da última quinta-feira o carnavalesco Sylvio Cunha. Aos 69 anos, ele se destacou por trabalhar em grandes escolas do Rio de Janeiro como a Estácio de Sá, Portela, Império Serrano e Unidos da Tijuca.
A causa de sua morte foi em razão de complicação do diabetes. Seu último trabalho foi na Unidos de Vila Kennedy, onde apresentou o enredo “Castor de Andrade um enredo à Bangu”.
Lamento
A Portela foi uma das escolas que lamentou a morte do caranavalesco que desenvolveu enredos ao longo desses anos.
“A Portela lamenta a morte de Sylvio Cunha, que foi carnavalesco da Majestade do Samba entre os anos de 1989 e 1992, desenvolvendo os enredos “Achado não é roubado”, “É de ouro e prata esse chão”, “Tributo a vaidade” e “Todo azul que o azul tem”. Ele foi o responsável pela modernização da Águia da Portela nos desfiles, que, de uma simples escultura com o bater mecânico nas asas, passou a alçar os céus numa grua, movimentando, além das asas, também o bico e as garras.
Novas cores
Com Silvio Cunha, a escola adquiriu nova cores, incorporando tonalidades de azul ao tradicional branco. E foi com ele que a Portela adquiriu aspectos de uma Águia de verdade, mais escura, em 1990. As Águias de Sylvio Cunha também passaram a emitir sons, o que foi um diferencial.
Portelense de coração, Sylvio Cunha foi responsável pelo primeiro projeto de modernização do Portelão, em 1989, durante a gestão do Presidente Carlos Teixeira Martins. Amigo de longa data do Carnavalesco Renato Lage, para este carnaval de 2022 os dois produziram juntos os figurinos dos destaques de luxo da Portela.