A. Cronkite era considerado um dos âncoras de maior credibilidade. O jornalista americano Walter Cronkite, um dos âncoras de maior prestígio da TV americana, morreu nesta sexta-feira (17), aos 92 anos.
Segundo a emissora CBS, a família informou que Cronkite lutava contra uma doença vascular no cérebro havia sete meses. Conhecido como “o homem mais confiável da América” e lembrado em diversas pesquisas como um dos jornalistas de maior credibilidade nos Estados Unidos, ele apresentou telejornais na CBS entre os anos de 1962 e 1981. Cronkite participou das coberturas de importantes fatos históricos, como o assassinato do presidente John Kennedy, a guerra do Vietnã, o escândalo de Watergate e a chegada do homem à Lua.
Cronkite foi considerado o expoente máximo de uma época na qual a figura do âncora acumulava salários milionários, determinava o noticiário emitindo opiniões, e monopolizava os grandes eventos, além de influenciar na maneira como o americano deveria pensar. O modelo combinado de apresentador e editor-chefe de telejornais ainda é referência não só no Estados Unidos como em vários países, inclusive o Brasil. No auge de seus 60 anos de carreira, Cronkite desempenhou um papel crucial na mudança da opinião pública americana sobre a guerra do Vietnã.
Sem paletó, com a manga da camisa dobrada, ele tomou o microfone para anunciar que JFK acabava de ser vítima de um atentado. Uma hora mais tarde, contendo as lágrimas, retirou os óculos de lentes grossas para anunciar ao país a morte do presidente.