Equipes de resgate continuam as buscas neste sábado (11) pelo que poderiam ser os últimos sobreviventes do terremoto que destruiu a cidade de L"Aquila, na região central do país.
Um dia depois do funeral coletivo que enterrou mais de 200 vítimas do tremor, o número de mortes aumentou para 291 após novos corpos serem retirados dos escombros. Cerca de 40 mil pessoas perderam suas casas.
Cães farejadores foram enviados na noite desta sexta-feira para as ruinas de um prédio de quatro andares em L"Aquila, onde bombeiros haviam escutado barulhos. Mas quando chegou a noite o local ficou silencioso, diminuindo as esperanças de encontrar mais sobreviventes.
"Nós cavamos toda a noite e agora temos que esperar. Já não podemos mais ouvir quase nada", disseram membros do resgate à repórteres da agência de notícias Reuters. O último sobrevivente a ser resgatado foi uma jovem de 20 anos que foi retirada do entulho na terça-feira. A Defesa Civil afirmou que as buscas estão quase no fim.
Réplicas violentas continuam a atingir a região de Abruzzo. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi estimou que 24 mil pessoas estão vivendo em tendas e 15 mil receberam abrigos em hotéis ou casas privadas. Berlusconi ofereceu até suas próprias casas para colocar os desabrigados.
O governo também anunciou a abertura de um inquérito após o presidente Giorgio Napolitano ter questionado a qualidade das contruções. A promotoria de Áquila abriu uma investigação por "desastre culposo" e pediu à prefeitura da cidade, que foi a mais afetada pelos terremotos desta semana na Itália, dados sobre todos os projetos de construção de casas na região durante os últimos anos, informou o prefeito de Áquila, Massimo Cialente.