Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina irão paralisar suas atividades na manhã desta terça-feira (05), a partir das 7 horas, em manifestação ao atual cenário financeiro em que a categoria vive. O movimento foi acordado entre os servidores durante assembleia realizada na semana passada.
Em entrevista ao Meionorte.com, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí (SINTETRO), Ajuri Dias, explicou que o ato busca o reajuste do salário dos trabalhadores e a assinatura da convenção coletiva 2022, onde prevê alguns direitos dos servidores, como auxílio-alimentação e plano de saúde.
“A gente vai estar fazendo um ato amanhã para que a gente resgate a nossa dignidade em relação aos salarios dos trabalhadores, que a maioria está vivendo com diarista, mas a maioria dos contratos são assinados como mensalistas. Estão com essa prática de pagar diárias; questão do salário, que já vai chegar a sete meses sem pagar os trabalhadores. Estamos buscando novamente a convenção coletiva de 2022 e vamos lutar para rever a questão do nosso salário e benefícios. Estamos resolvendo através dessa ato, onde a gente possa estar buscando esse entendimento com a parte patronal”, disse.
Ainda segundo Ajuri Dias, caso após a manifestação não haja um entendimento, a categoria pode deflagrar uma nova greve.
“Não conseguimos mais suportar essa forma de tralho que vivemos hoje e estamos buscando através dessa paralisação para poder chamara atenção dos empresários para que a gente possa fazer um acordo. Tem de 20 a 25% da frota rodando, pagando como diarista e toda essa situação a gente não suporta mais. Vamos expor isso no ato para que a gente possa construir um entendimento. Se não tiver, vamos ter greve”, finaliza.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) reitera que o sistema de transporte em todo o país vem enfrentando grandes dificuldades desde o início da pandemia de Covid-19 e em Teresina as empresas do setor não têm conseguido manter suas obrigações trabalhistas, devido às dificuldades financeiras e queda de arrecadação das empresas no sistema.
"O Setut informa ainda que o sistema não tem se sustentado com o arrecadado, e que a falta de aporte financeiro pela Prefeitura de Teresina, conforme firmado legalmente em contrato, tem provocado fortes impactos no setor e desequilíbrio para funcionamento do transporte público. Mantém-se em diálogos com o Ente Municipal, buscando soluções, e esclarecendo que com o fim da medida provisória que susbidiava as folhas de pagamento, mais difícil ainda se encontra a situação atual", diz trecho da nota.