Motoristas e cobradores de ônibus voltaram a paralisar as suas atividades em uma reivindicação sobre pagamentos de salários atrasados e assinatura do acordo de convenção coletiva. A paralisação foi registrada nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, 06 de fevereiro.
De acordo com Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), a categoria recebe ameaças da Setut sobre o não pagamento. “A gente queria pedir desculpas para a população de Teresina mais uma vez quero agradecer as lideranças comunitárias, presidente de associações que hoje estão vendo a situação do profissional”, declarou.
“A gente vem sofrendo constantemente ameaças do Setut de não pagar os trabalhadores. A gente trabalha, quando chega o dia do pagamento, o Setut ameaça não pagar, isso é uma injustiça. A gente quer saber se realmente o prefeito quer resolver o problema, nós não somos mais obrigados a negociar com o Setut , nós podemos fazer um ACT com as empresas que realmente querem continuar trabalhando em Teresina porque a dificuldade é grande, se tornou uma coisa pessoal entre a Prefeitura, Strans e o Setut”.
Antônio falou ainda que a mobilização não pode ser considerada uma greve. “Se o problema for o Setut vamos chamar as empresas que realmente querem negociar com a categoria e que resolva o problema da população colocando ônibus nas ruas com qualidade e quantidade , é isso que a população de Teresina quer e nós queremos respeito.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (SETUT) se manifestou através de nota:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o setor tem enfrentado dificuldades financeiras, sobretudo no que tange a insumos e salários dos trabalhadores. Com o constante descumprimento por parte da Prefeitura de Teresina dos repasses de subsídios devidos, o sistema de transporte público enfrenta desequilíbrio econômico e déficit operacional. O SETUT esclarece que já enviou um ofício à Strans informando a situação e aguarda retorno da Prefeitura para uma resolução efetiva desse problema. A gestão municipal deve assumir a responsabilidade e sua omissão tem prejudicado a todos: população, trabalhadores e concessionárias.