Movimento leva mais amor e cultura para crianças de Teresina

O projeto Ocupação Cultura - Biblioteca, Arte e Cultura beneficia 600 crianças em atividades lúdicas com o objetivo de aproximar os pequenos da biblioteca.

Projeto Ocupação Cultura - Biblioteca, Arte e Cultura | Lucrécio Arrais
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O projeto Ocupação Cultura - Biblioteca, Arte e Cultura, uma iniciativa do Movimento Mais Amor, nasceu com o objetivo de levar arte e fantasia para as crianças de Teresina, sobretudo aquelas que possuem maior dificuldade de acesso a bens culturais. O projeto atuou durante quatro meses na Biblioteca Pública Estadual Desembargador Cromwell de Carvalho.

A biblioteca, localizada em frente à Praça do Fripisa, recebeu cerca de 600 crianças, que foram contempladas diretamente com o projeto. Oficinas de contação de histórias, aulas de dança e de grafite, que renderam, inclusive, uma pintura nos fundos do prédio público, fizeram parte da programação.

A associação Movimento Mais Amor atendeu na biblioteca crianças de APAEs, crianças com hidrocefalia e microcefalia, crianças com deficiência auditiva e visual, crianças de orfanatos, crianças da rede pública de ensino e também de escolas privadas. O projeto foi financiado através do edital Afrânio Castelo Branco pela Lei Aldir Blanc, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Piauí (Secult). 

FOTO: Lucrécio Arrais

O principal foco do projeto é levar a alegria das crianças para dentro da biblioteca. Cinthia Oliveira, coordenadora do projeto, reconhece que o resultado foi positivo. “É um projeto que apresentou a cultura para muitas crianças. Conseguimos ocupar esse espaço cultural. Nós abrimos as portas da biblioteca para mostrar que as crianças podem ocupar esse lugar", revela.

Crianças da periferia, da zona rural e muitas que nunca tinham entrado em uma biblioteca puderam vivenciar momentos de cultura. "Durante cada mês escolhemos um tema, contamos histórias. Em outro momento tinha dança. Além do curso de grafite, tudo feito por eles. Eu acredito que esse projeto fez grande diferença na vida e rotina dessas crianças”, acrescenta Cinthia Oliveira. 

Coordenadora Cinthia Oliveira destaca os resultados do projeto | FOTO: Lucrécio Arrais

Após as atividades, sempre era servido um lanche. “É uma sensação de dever cumprido para toda a equipe envolvida. É uma sensação de dever cumprido. Aqui recebemos crianças de todos os jeitos e formas, promovendo a verdadeira inclusão social", garante a coordenadora.

Crianças têm o primeiro contato cultural

Alex Araújo, de 7 anos, estudante da Escola Municipal Dom Helder Câmara na, Vila irmã Dulce, foi a uma biblioteca pela primeira vez. "Eu gostei porque foi bom para aprender a ler e conhecer a biblioteca. Eu nunca tinha vindo aqui antes. Aqui é muito bonito e gosto muito das brincadeiras do Gustavo”, revela.

Alex tem 7 anos e visitou pela primeira vez uma biblioteca | FOTO: Lucrécio Arrais

Chailane Supriano, de 9 anos, é da Escola Municipal Monteiro Lobato, também na Vila Irmã Dulce. “Já é a terceira vez que eu venho aqui. Gostei muito porque a gente brinca e lê. O tio Gustavo é muito legal, principalmente a dança do boi. Gostei muito de conhecer a história", aponta.

Chailane é frequentadora assídua do projeto | FOTO: Lucrécio Arrais

A pequena Tamyris Yamara, de 8 anos, também do Dom Helder Câmara, revelou que gostou das atividades. “Eu nunca tinha ido a uma biblioteca. Eu achei muito legal conhecer mais crianças e ficar sabendo de várias histórias diferentes”, disse.

Tamyris adora  a leitura e as brincadeiras | FOTO: Lucrécio Arrais

Já Alex Gabriel, de 12 anos, é do Colégio Maria do Socorro, também na Vila Irmã Dulce. “Eu fiquei admirado pelos livros e pelas brincadeiras. Eu me senti mais alegre por poder criar histórias e fazer parte delas. Entendi que muitas pessoas ficam no mundo das drogas e não entendem isso. Imaginar é sempre necessário", revela.

Alex Gabriel diz que ficou admirado pelos livros e brincadeiras | FOTO: Lucrécio Arrais

Envolvimento entre brincadeiras e as histórias contadas 

O famoso "Tio Gustavo" é o professor de português Gustavvo Andrade, que também é ator, com formação pela Escola de Teatro Gomes Campos. “No processo criativo eu penso muito em como trazer de dentro dos livros e estórias as brincadeiras para que as crianças se interessem e façam parte delas. O que mais me surpreendeu foi ver como elas gostam de dançar. Elas têm muita coragem e força de vontade, com muita disposição de estar junto”, revela.

Gustavvo conduz as contações de histórias do projeto | FOTO: Lucrécio Arrais

Gustavvo afirma que aprendeu muito com o projeto do Movimento Mais Amor. “Eu aprendi a como escutar as crianças. Como o que eu trago delas para a realidade delas mesmas, colocando em prática o que elas veem, ouvem e percebem. Através da oralidade a gente faz uma conexão”, finaliza.

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