Movimento percorre águas do Rio Poty contra poluição neste sábado (9)

Ato fomenta uma cultura de sensibilização da população teresinense para com o rio em compasso com a ascensão dos aguapés.

| José Alves Filho/Jornal Meio Norte
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Os rios sofrem um alarmante quadro de degradação nos centros urbanos. Neste sentido, com a missão de discutir assuntos e iniciativas em defesa da preservação deles, a Rede Ambiental do Piauí (Reapi) promove neste sábado (9), às 8h, no Parque Floresta Fóssil, no bairro Noivos, o ato "Poty Vivo". O evento fomenta uma cultura de sensibilização da população teresinense para com a defesa do rio em compasso com a ascensão do despejo de esgotos, dos aguapés e da temática ambiental. A atividade é destinada ao público em geral e contará com um cortejo de caiaques, bikes e trollers atéo parque Meus Filhos.

O encontro convida educadores, geógrafos, biólogos, sociólogos, arquitetos, engenheiros agrônomos, sanitaristas, economistas, entre outros à causa extraordinária: salvaguardar o rio. Em Teresina, a Reapi, criada em 2007, acompanha com preocupação os danos socioambientais produzidos pela ação, omissão e ausência de políticas ambientais de preservação dos rios piauienses. Aguapés são resultado do despejo de esgotos no Rio Poty. Foto: José Alves Filho JMN.

"Sabemos que todos os anos ocorrem o mesmo cenário no período seco, as águas do Rio Poty ficam represadas e  ele fica sem oxigênio por conta desses aguapés e sabemos que isso é uma poluição acima do normal. Então estamos convocando a sociedade para que desperte sobre isso, uma vez que se empoderamos das coisas da nossa sociedade, a gente muda esse cenário" explica Tânia Martins, presidente da Reapi.

"Precisamos pressionar mais os poderes e todos os atores responsáveis por isso para que se tomem providência porque é inadimicível deixar o rio morrer e é o que agente está assistindo. O nível de poluição nesse rio não dá nem para calcular,  há esgotos clandestinos,esgotos oficiais e a função do rio é muito importante para alimentar, para renda dos pescadores, para mineração da areia e para o lazer, mas hoje ele é um transmissor de doenças e não queremos isso", reforça a organizadoras do ciclo.

Divulgação: Reapi.

A atividade ainda contará com roda de conversa visando incentivar discussões a cerca do assunto com o biólogo Davi Pantoja, pesquisador da UFPI com experiência em Ecologia, Zoologia, Biogeografia e Conservação da Natureza, às 9h30 que abordará as proposições sobre a perspectiva e seus direcionamentos na área ambiental do rio com o público.

A mobilização de sábado  tem o apoio do The Clube do Remo, Jeep Club Chapada do Corisco, Grupo Matizes, SUPiauí, amigos do remo, ativistas ambientais, Parque Meus Filhos, acadêmicos do Curso de Biologia da UFPI e outras parcerias. 

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