Movimento Unidos pela Vacina inicia 2º fase no Piauí

A primeira etapa, encerrada no dia 30 de março, conseguiu reunir informações sobre as necessidades de 98% dos municípios brasileiros para que a vacinação contra a Covid-19 contemple todos os brasileiros até setembro deste ano.

Dados colhidos pelo movimento Unidos pela Vacina | Reprodução
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O primeiro passo do movimento Unidos Pela Vacina foi a realização de uma ampla pesquisa direcionada aos municípios brasileiros. O objetivo era entender as reais necessidades de logística, insumos e infraestrutura de cada cidade do Brasil para que a vacinação aconteça.  No dia 30 de março, prazo final de levantamento de necessidades, o movimento atingiu mais de 5.470 cidades, do total de 5.570 municípios brasileiros, pouco mais de 98%.  

O Piauí foi o quarto estado brasileiro a fechar 100% de todos os municípios.Um trabalho que envolveu centenas de pessoas, além de contar com o apoio da Secretaria de Saúde do Piauí e entidades de classes como a APPM e do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde -COSEMS- bem como o apoio das prefeituras dos municípios.  Um importante pontapé para atingir o objetivo do movimento: vacinar todos os brasileiros até setembro deste ano. 

O segundo momento inicia agora. Compilados os dados levantados pelo movimento no Piauí, foi possível traçar um diagnóstico de quais são as dificuldades e necessidades para que o ritmo de imunizações ganhe fôlego. 

Dados do Piauí coletados na primeira fase 

No relatório divulgado em março, o Piauí já havia imunizado 6,5% da população, tendo 80% das salas equipadas com pias, 60% possuem caixas térmicas e termômetros, 50% com geladeiras e acesso à internet. Com relação às estratégias de vacinação adotadas no Estado, em quase 70% dos municípios a vacinação está acontecendo no formato drive-thru; 34,4% em postos fixos e acontece nos finais de semana. 

Já no que se refere aos desafios do município, em 40%, a maior dificuldade se concentra na armazenagem, 10% na infraestrutura dos atuais postos e 5% em recursos humanos. Os desafios junto ao governo estadual estão na comunicação, insumos, logística e apoio financeiro para campanhas de vacinação. No que abrange os desafios junto à população, estão acesso aos postos de vacinação, ausência de campanha de divulgação, compreensão do cronograma e combate às fake news sobre a vacina.

A partir desse levantamento, o próximo passo é buscar apoiadores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, empresários ou profissionais liberais para que haja um apadrinhamento  de cada município do estado do Piauí e assim garantir que os profissionais responsáveis tenham todos os recursos necessários para armazenagem e de materiais que fazem parte  para o processo de vacinação acontecer: agulhas, seringas e entre outros insumos.

Lívia Guimarães, uma das representantes do movimento no Piauí fala sobre os próximos passos da campanha.  "Ficamos muito felizes com a rápida adesão do Piauí. Em 15 dias, os 224 municípios estavam mapeados. Nosso agradecimento especial às secretarias de saúde e prefeituras, que entenderam o objetivo do movimento em facilitar e agilizar a vacinação. Nosso foco agora, e creio ser o mais desafiador, é de conseguir apoio local nas cidades e regiões para que, uma vez a vacina chegando ao município, não deixemos de vacinar por falta de EPIs, falta de local para armazenamento da vacina, falta de locais para vacinação, dentre tantas outras possíveis dificuldades. Acredito que uma liderança local, seja um empresário/empresária, ou pessoa física, empresa ou entidade que queira embarcar no movimento, certamente terá mais condições de mobilizar e conseguir ajuda na sua cidade para que a vacinação aconteça.  É verdadeiramente um movimento propositivo e todos temos a ganhar", disse.

Lívia frisa ainda que é fundamental que haja uma adesão da sociedade para se fazer parte do movimento. "Se houver interesse de participar do movimento, você pode cadastrar-se pelo site: https://www.unidospelavacina.org.br/ (parte final do site tem os dados cadastrais para adesão) ou  enviar um e-mail para pi@unidospelavacina.org.br.”, esclarece.

Iniciativa privada abraça iniciativa pró-vacina

A empresária piauiense Patrícia Rodrigues, do Grupo Cacique Pneus, integrante do Grupo Mulheres do Brasil, reforça que “esse movimento nada mais é do que uma soma de esforços da iniciativa privada que visa ajudar cada estado e no meu caso e da Lívia, o foco é o Piauí, buscando apoiadores no sentido de criar uma rede de monitoramento e suporte ao poder público nas esferas federal, estadual e, principalmente, municipal, para que juntos  possamos mitigar qualquer atraso que possa haver na vacinação”, declarou.

Entenda como funciona a campanha promovida em todo o país

Patrícia lembra que há um esforço forte para garantir a logística, armazenagem e materiais, já que esse é um projeto e uma demanda muito fora da curva do que há de vacinação habitual. “Sendo assim, entendemos que com esse apoio [da iniciativa privada], teremos condição de verificar gargalos e teremos apoio para que quando as vacinas chegarem para a população tenha-se a estrutura necessária em cada ponto. Depois desse início, que foi o mapeamento muito bem conduzido pela Lívia, com apoio do time do Grupo Meio Norte, nós já temos um relatório de demandas e sabemos o que cada município precisa”, enfatiza.

A empresária continua:  "Hoje, no mundo inteiro e não é diferente no Brasil e no Piauí, todos nós estamos ansiosos para que a vacinação aconteça de forma mais breve e a gente tenha esse momento pandêmico encurtando, que já se alonga até demais. Nossa intenção é colaborar para que isso aconteça a contento, com agilidade e todos nós possamos sair dessa situação de tanto medo, de tanto risco, não só para as vidas, mas para as empresas e para a sociedade como um todo. Essa é a nossa forma de não ficar só assistindo reclamando, mas de contribuir, se envolvendo e apoiando no que nos for possível”, finaliza.

Luiza Helena Trajano fala sobre agilidade para vacinação

A empresária Luiza Helena Trajano enfatiza que a ação visa criar um plano de imunização. A ideia, segundo ela, é auxiliar a logística, distribuição e aplicação do plano de vacinação pela rede pública em todos os Estados brasileiros. 

“O Brasil possui recursos para a compra de vacinas. Se o problema fosse dinheiro, seria até mais fácil de resolver. A nossa proposta é ajudar a resolver os gargalos de logística para que a produção, distribuição e aplicação de vacinas aconteçam”, destacou a empresária Luiza Helena Trajano.   

Empresária explica que a proposta da campanha é garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do país| FOTO: DIVULGAÇÃO

E conclui:  “Queremos ajudar a garantir que as vacinas cheguem a qualquer ponto do país, superando todo e qualquer obstáculo. A cada minuto desperdiçado, centenas de vidas são perdidas nessa batalha”, escreveu.

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