“Muitos políticos querem que dê errado”, diz Firmino sobre Inthegra

O prefeito concedeu uma entrevista no programa Diálogo Franco.

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Na manhã desta terça-feira (20/08), o prefeito de Teresina, Firmino Filho, concedeu uma entrevista no programa Diálogo Franco, da TV Jornal Meio Norte e simultaneamente na Rádio Jornal Meio Norte, apresentado por Silas Freire. 

Durante a entrevista, o gestor destacou obras importantes na cidade, fez avaliações sobre seu quarto mandato, explanou como realiza a busca de recursos e deixou claro que recebe bastante críticas. 

Análise do quarto mandato 

“De fato são anos que se passaram, mas existe algumas diferenças, a Teresina da década de 90 é totalmente diferente da Teresina de hoje, as tarefas que nos tínhamos na década de 90 é são totalmente diferentes de hoje, a agenda da década de 90 era basicamente construir a infra-estrutura onde não existia, levar água, rede de energia, calçamento, melhoria educacional, praça , UBS, era um desafio de todo século XX”.

“Já hoje não, muito do passado ainda não foi devidamente fechado, ainda existem resquícios mas o século XXI trouxe desafios completamente diferentes, como a mobilidade urbana, ela está na pauta do dia. Outro desafio é a sustentabilidade e qualidade de vida. Cada vez mais as pessoas estão querendo espaços de lazer, novos parques”.

“E tem também o desafio da segurança pública, a gente andava em Teresina na década de 90 era outra cidade, a questão da segurança hoje está muito grave não só em Teresina como em outras cidades brasileiras que impactam a qualidade de vida, ser prefeito na década de 90 tinha uma realidade, ser prefeito nesse século é completamente diferente com a complexidade dos seus problemas”.  

Crédito: Portal Meio Norte

Colheitas do quarto mandato e obras de mobilidade

“Quando nós retornamos nessa segunda rodada depois da disputa do prefeito Elmano, nós assumimos em 2013, então os desafios eram completamente diferentes e exigiam não apenas intervenções diferentes mas também obras maiores, uma das grandes críticas que a gente sempre teve na cidade é que eu só fazia obras pequenas, só calçamentos, que não pensávamos grande e como a cidade mudou e a própria prefeitura teve que evoluir a gente aumentou muito a intercessão na cidade, a partir desse quatriênio de 2019 até 2020 nós vamos investir em torno de 250 milhões de reais por ano”.

“São obras de todos os tamanhos, fizemos a ponte Ancelmo Dias que liga a Gil Martins a avenida principal do Dirceu e estamos iniciando agora a ponte que liga a Universidade Federal do Piauí com a Água Mineral, vai grudar a UFPI na zona norte, temos também na zona sudeste a avenida Padre Humberto que fez a ligação do balão do PMDB até a ponte Ancelmo Dias e na zona leste nós estamos fazendo agora que é a Avenida Ulisses Marques que sai da Kennedy e se encaixa na rotatória da UFPI”. 

“A zona sul tem duas grandes vias de escoamento que é basicamente a avenida prefeito Wall Ferraz e Miguel Rosa e a Henry Wall e Barão de Gurguea então a Via Sul vai dar uma terceira alternativa margeando para quem mora no Parque Sul e entra na cidade. Na zona Sul também estamos fazendo o viaduto que liga a Henry Wall com Barão de Gurgueia, então acho que até aquela historia que prefeito sou faz obra pequena já está começando a mudar”.

Crédito: Portal Meio Norte

Busca de recursos

“Eu acredito que a gente não pode ter nenhum tipo de receio nesse diálogo entre instituições. Quando nós tivemos a eleição em 2012 um dos grandes críticos que tinham sobre a nossa candidatura era de que a gente não tinha contato em Brasilia, toda bancada era contrária, o governo do estado era contrário, o governo federal contrário, que era uma critica consistente, sempre tive muita humildade de buscar, bater em todas as portas para buscar apoio, não tive nenhuma dificuldade em relação a isso, acho até que é que uma obrigação nossa tem que ir atrás independente de divergência politica ou pessoal”. 

“Nós fizemos um monte de inauguração de UBS na capital, quem foi fundamental na captação desses recursos foi o próprio deputado Assis Carvalho, só para mostrar como existe essa necessidade de ter um diálogo institucional, prefeito não pode ser só prefeito de quem votou nele. Agora também estamos indo atrás, estamos tendo apoio do senador Elmano Ferrer, que foi inclusive nosso adversário nas eleições passadas, acho que para trabalhar em nome da cidade temos que estar desarmados, não teve nenhum deputado que tem má vontade contra Teresina”.

Crédito: Portal Meio Norte

Inthegra 

“É necessário que a gente possa entender o contexto do Inthegra, na última década a gente passou por uma mudança radical na nossa mobilidade urbana, quando Silvio Mendes entrou na prefeitura em 2005 a frota de veículos era algo em torno de 120 mil, hoje a frota está chegando perto de 500 mil, as pessoas tiveram maiores rendas, mais financiamento e isso deu possibilidade para as pessoas comprarem mais veículos, a cidade ficou do mesmo tamanho e o congestionamento passou a ser uma coisa rotineira em Teresina. É por isso que a gente está fazendo esse conjunto de obras, então o congestionamento tem consequências para a nossa qualidade de vid, se deslocar na cidade ficou cada vez mais lento”. 

“Não se enfrenta essa intervenção complexa com um tiro só, é necessário um conjunto de intervenções, implementamos em Teresina um sistema chamado BRT que no ponto de vista estratégico é o que esta sendo adotado no mundo, começou em Curitiba, pegou no resto do mundo porque tem economia, velocidade , a ideia é fazer com que o ônibus tenha qualidade, rapidez e tenha custo eficiente. No ponto de vista estragégico nós estamos dando um tiro certo, começamos a entregar e o sistema começou a ser operado”. 

“Os problemas que tivemos são operacionais, tivemos um novo sistema, isso muda os hábitos da população, é uma reação natural, é necessário um período de adaptação por parte dos usuários, é necessário também que as empresas tenham um outro comportamento, sei que existem muitos políticos querendo que dê errado, mas temos que enfrentar tudo isso”.

“E da parte da Strans tem que ter a capacidade de fiscalizar e entender, melhorar e corrigir os erros do novo sistema, já apareceu muitos problemas e a taxa de correção deles tem sido lenta, temos que intensificar a correção e agora com as redes sociais sabemos de tudo, são poucas as reclamações relacionadas ao deslocamento entre o Centro e os terminais de integração, o corredor funciona, a viagem do terminal para o Centro é bem melhor”. 

“As reclamações estão concentradas em dois lugares, primeiro nas linhas alimentadoras especialmente de manhã quando sai do bairro para o Terminal é necessário que busque racionalizar esse estudo para saber porque essas linhas não estão atendendo bem, temos áreas que o ônibus passam super lotados, o que não faz o menor sentido e áreas que o ônibus demoram a passar, então isso tem que ser melhorado, linhas mais curtas e com maior frequência”. 

“A segunda reclamação é de noite no retorno do Terminal para o bairro, demora muito essa linha alimentadora sair do terminal para o bairro, é necessário que possa também fazer essa calibragem para evitar que a pessoa passe muito tempo esperando. E o segundo conjunto de reclamações tem a ver com o próprio Terminal, nós estamos cientes que temos problemas operacionais e estamos em cima para buscar soluções”. 

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