Maria de Lourdes Alves da Silva é vendedora de perfumes, com o maior orgulho do mundo. A mulher de semblante forte, que viu na dificuldade a oportunidade de crescer na vida, hoje é dona do próprio negócio, tem casa própria, motocicleta, e o melhor: quadruplicou a própria renda. O segredo é muito trabalho, perseverança e vontade de ir para frente.
A vontade de crescer surgiu de um estopim causado pela perda do trabalho. “Sempre vendi cosméticos. Mas trabalhava no serviço formal, até ter que sair. Precisei trabalhar por conta própria. Então surgiu o convite para integrar o Crediamigo, a partir de uma colega de trabalho. Ela me convidou e eu fiquei com aquela dúvida, mas, mesmo assim, arrisquei, pois precisava de renda para trabalhar”, conta Maria de Lourdes.
A iniciativa da amiga rendeu uma mudança de vida para Lourdes. “Ela me deu a maior força, foi otimista e disse que eu iria crescer. Logo eu quis aceitar a proposta. Com os requisitos que me cobraram, eu preenchi tudo e comecei em 2014. Sempre o Crediamigo me facilitando mais. Eu cresci, ao ponto que hoje tenho um estoque grande de mercadoria. E com a liberdade de cada vez que preciso ampliar o negócio, posso tirar um valor maior”, lembra a vendedora de perfumes e cosméticos.
A microempresária comemora os ganhos que lhe permitem uma vida confortável. “Hoje tenho uma renda sustentável, que permitiu comprar uma moto para fazer as entregas. Estou melhor do que quando estava no emprego formal. Aumentei minha venda em quatro vezes. Eu falo isso com orgulho. Trabalho com amor, tenho uma clientela formada. Antes eu trabalha com revistas para pagar a mercadoria. O que era complemento, hoje sustenta”, avalia.
As facilidades obtidas a partir de linhas de crédito com o Banco do Nordeste permitiram ganhos ainda mais rápidos para Maria de Lourdes. “Hoje em dia trabalho com estoque, o cliente liga e eu faço a pronta-entrega. Hoje tenho casa própria. Eu investi no que quero. Sou uma pessoa de sucesso e sou feliz com o que faço hoje”, completa sorridente.
Feirante amplia a renda e conquista a casa própria
Outra história positiva de pessoas que mudaram de vida com linhas de crédito urbano do Banco do Nordeste é a de Maria de Fátima da Silva. A feirante, que trabalha no Mercado da Piçarra, há 19 anos, mostra o sorriso no rosto de quem pôde aumentar a própria renda sendo chefe de si mesma.
“Eu tive muita vantagem. Antes eu tinha uma barraquinha que não podia dar um vento que balançava tudo. Hoje tenho minha casa própria. Construída mesmo, lá no Mário Covas. Antes eu morava no São Pedro, mas era área de risco. Então eu agradeço, primeiramente a Deus, e em segundo lugar ao Crediamigo”, lembra Maria de Fátima.
A banca da feirante tem de tudo um pouco e os produtos são fresquinhos, principalmente as frutas, como melões e abacaxis. “Melhorei o serviço. Antes era uma pequena banca. Agora tenho seis bancas. Tenho uma cartela fixa de clientes. Na época comecei a tirar de R$ 500, depois para R$ 1.500, e agora estou tocando o negócio em frente. Vale muito a pena investir neste tipo de ajuda. Aumentei minha renda em mais de 50%”, acrescenta. “Entro às 6h e saio às 13h. Trabalho sozinha, mas estou muito feliz. Às vezes é cansativo, mas é nosso sustento, graças a Deus”, completa Maria de Fátima.
Oferta de microcrédito aumenta em 20% no Piauí
Em 2018, o volume de microcrédito cresceu em 13%. Em 2019, a oferta para o Piauí aumentou em 20%. Como um celeiro de oportunidades, o Estado aparece como o segundo do Nordeste com o maior volume de operações deste tipo, perdendo apenas para o Ceará.
Alex Araújo, superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, ressalta que a economia está melhorando e aponta para investimentos. “O microcrédito financia a atividade produtiva de microempreendedores. Esse público foi muito afetado pela crise. Em 2016 e 2017, não houve crescimento no número desse tipo de financiamento. No ano passado, já percebemos uma melhora desse ambiente, o que colaborou para o número de crédito e clientes”, declara.
Os setores de alimentação e cosméticos, das Marias de Lourdes e Fátima, são exemplos de setores aquecidos com a linha de crédito. “Aumentamos volume de recursos em 20%, porque temos uma expectativa muito positiva para a recuperação econômica do país. Para o Piauí, há R$ 1 bilhão e 200 milhões só para microcrédito urbano. No ano passado, foi R$ 1 bilhão. Quem mais nos procura são as atividades comerciais, como mercadinhos, lojas de material de construção e a comercialização de alimentos, que é bem dinâmica. A comercialização de cosméticos também está em alta”, aponta o superintendente.
O Piauí permanece sendo um Estado de destaque no Banco do Nordeste. “O Piauí é o Estado com o segundo maior volume de aplicações de microcrédito urbano do Nordeste. Em primeiro lugar está o Ceará, que teve um volume de R$ 2 bilhões e 200 milhões no ano passado”, acrescenta Alex Araújo.
Empreendedores podem acessar mercado financeiro
O microcrédito permite acesso ao mundo financeiro. “O público que atendemos não tem acesso ao sistema bancário. Como se trata de pessoas de baixa renda, sem patrimônio e sem a oportunidade de oferecer garantias bancárias, essas pessoas não acessam o sistema formal. O benefício é ele encontrar o crédito com taxas justas e a possibilidade dele ter uma conta bancária e ajudar isso nas suas vendas”, analisa o superintendente Alex Araújo.
O microempreendedor deve estar atento às mudanças de mercado. “Hoje, o taxista que não aceita cartão de crédito corre o risco de perder mercado, então cada vez mais ter acesso ao sistema financeiro formal é importante para o microempreendedor vender mais. Esse, inclusive, é o objetivo do Banco Central para fazer a inclusão financeira”, orienta o superintendente.
Os empreendedores passam a existir dentro das financeiras. “Além da oferta de crédito, termina sendo uma inclusão social que ajuda eles a vender mais. Aumentar o lucro e melhorar de vida. O aumento da renda termina sendo uma consequência com créditos de valor pequeno. Nosso valor médio ano passado foi de 2 mil, mas temos empréstimos de até R$ 500”, finaliza.