A família da dona de casa Suely Campioni dos Santos, 61 anos, afirma que ela morreu na última segunda-feira após receber um tipo de sangue incompatível em uma transfusão feita no Hospital do Servidor Público Estadual, na Vila Clementino (zona sul).
Segundo a família, a morte ocorreu menos de dois dias depois de Suely ir à unidade receber três bolsas de sangue prescritas para tratar uma anemia.
"No sábado, ela foi receber o sangue. Fez o exame para saber o tipo e, horas depois, chegaram as bolsas do tipo A. Quando vi, avisei a funcionária que o sangue dela era O, porque ela sempre recebia esse tipo. A funcionária, então, disse que ela recebia O porque é o tipo doador universal", diz a auxiliar de enfermagem Luciana Nazário, 39 anos, filha de Suely.
De fato, uma pessoa de tipo A pode receber tipo O, mas o contrário não é possível.
E foi justamente o que aconteceu com Suely.
Segundo a filha da dona de casa, o sangue da mãe era, na verdade, do tipo O, e ela acabou recebendo o A, incompatível.
Resposta
A diretoria do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), responsável pelo Hospital do Servidor Público Estadual, informou ontem que, assim que soube da morte da dona de casa Suely Campioni dos Santos, 61 anos, ocorrida na madrugada da última segunda-feira, abriu uma sindicância para a "apuração rigorosa dos fatos".
O instituto afirmou ainda que os envolvidos no atendimento à paciente foram afastados.
Não disse, porém, quantos profissionais foram afetados pela decisão e quais funções eles desempenhavam no hospital.
O Iamspe declarou também que lamenta a morte da dona de casa.