Mulher perde guarda de filho após abandoná-lo em casa por quatro dias

Mãe perde temporariamente guarda de filho após viajar e abandoná-lo em casa por quatro dias

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Cleidiana Maria Cardiais da Silva, de 33 anos, perdeu temporariamente a guarda de seu filho de sete anos depois de deixá-lo em casa, em Rio das Pedras, na Zona Oeste, sozinho por quatro dias. Enquanto o menino passou o feriado sem ter o que comer, alimentado por vizinhos com pão e refresco através de uma grade, a mãe estava em Quintino, aproveitando a folga com a namorada. Segundo a polícia, o abandono foi proposital, já que o filho mais velho, de 13 anos, foi levado para a viagem.

? Investigamos o motivo de a mulher ter deixado só o filho mais novo. Pelo que ela afirmou em depoimento, o caçula daria mais trabalho durante a folga ? afirmou o titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Marcello Maia, que investiga o caso.

Em depoimento na especializada, Cleidiana afirmou que "havia dado R$ 50 a uma vizinha para olhar seu filho, pois iria encontrar sua namorada e passar com ela o feriadão". Segundo a mulher, a situação era comum: quando ela trabalha nos fins de semana à noite, como garçonete, deixava os filhos trancados em casa. A criança só foi localizada por agentes no domingo, após ligação anônima ao Disque 100.

Segundo relato de vizinhos, o menor passou os quatro dias do feriado se alimentando somente de pão e refresco, únicos alimentos que passavam pelas grades da casa. A mãe responderá pelos crimes de abandono de incapaz, abandono material e maus tratos. As penas, somadas, podem chegar a 8 anos de prisão.

A vizinha, Margarida Gonzaga da Silva, uma senhora de 70 anos, não conhecia as crianças e nem a mãe. Ouvida por agentes, ela afirmou que a mãe deixou as chaves da casa com ela na quinta-feira. Ela respondeu, entretanto, que "não poderia ficar em tempo integral com ele, já que cuida do neto de 3 anos". A mãe teria respondido que "ele ficaria trancado, aguardando a alimentação, servida apenas no almoço".

O menino foi encaminhado ao Conselho Tutelar e está com o pai, Francisco Brito, onde aguarda decisão da Vara da Infância e da Juventude. Os pais estão separados há dois anos, e Francisco não sabia que sua ex-mulher tinha uma namorada.

O delegado Marcello Maia aguarda os depoimentos de vizinhos e da criança para encerrar o inquérito. Ele espera que o menino, que vai ser ouvido por um policial-psicólogo na próxima semana, diga se era deixado rotineiramente sozinho, se era bem alimentado e como era tratado pela mãe. Maia analisa se vai indiciar Margarida, a senhora que cuidaria da criança.

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