Cerca de 200 pessoas estão reunidas em frente ao Posto 5 na praia de Copacabana, no Rio, para participar da Marcha das Vadias. O grupo protesta contra a alta incidência de estupros no Brasil e contra o Estatuto do Nascituro e também pede que a presidente Dilma Rousseff sancione o Projeto de lei 03, uma norma técnica do Ministério da Saúde que atende vítimas de violência sexual.
O ato havia sido marcado no início do mês e tinha sido programado para seguir em direção ao Leme. Porém, com a mudança das atividades da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Guaratiba para Copacabana, as organizadoras decidiram mudar o trajeto para Ipanema.
"Não estamos querendo confronto. Isso é um contraponto político e uma marcha com muita irreverência", disse Nataragi Trinta, uma das organizadoras. O grupo Católicas pelo Direito de Decidir, que é pró-liberdade de escolha para as mulheres, também acompanha a marcha. Entretanto, há informações de primeiros atritos entre fiéis e as manifestantes.
"Estamos aqui para falar para a Igreja, especialmente para as mulheres católicas, que elas têm o seu direito de decidir reconhecido no próprio magistério da Igreja Católica", disse a teóloga Yury Orozco, do grupo.
"Em caso de situações-limite, os católicos podem recorrer à sua consciência e tomar decisões independentemente da postura oficial da Igreja Católica. Esse é um respaldo como recurso à consciência e os católicos não devem se sentir culpados".