O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg apresentou nesta quarta-feira (14) o Museu Nacional da Memória do 11 de Setembro, que homenageia as vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 e que é composto por "histórias demolidoras de perdas inimagináveis, mas também histórias inspiradoras de coragem e compaixão", afirmou.
"Com a inauguração, cumprimos com o compromisso que firmamos com os familiares das vítimas, que nunca esqueceremos os que perdemos nem as lições terríveis que aprendemos nesse dia", disse Bloomberg, em sua qualidade de presidente do museu, antes de mostrar à imprensa as instalações do lugar.
Na entrevista coletiva também estavam o diretor do Memorial, Joe Daniels, e a diretora do museu, Alice Greenwald. Nesta sexta, o presidente americano, Barack Obama, dará o tiro de largada pela semana de homenagem. O museu será aberto ao público no dia 21 de maio.
Apesar do momento emocionante para os nova-iorquinos, a inauguração não foi poupada de polêmicas, já que um grupo de familiares das vítimas criticou que os restos de vítimas sem identificação tenham sido levados para esse museu.
"Há quase 3 mil famílias que acreditam que é uma boa ideia e dezenas que são contra. Estamos em uma democracia e é preciso respeitar o que a maioria quer", respondeu Bloomberg à inevitável pergunta.
A segunda controvérsia é em relação ao preço da entrada, pois muitos consideram que, dada a temática do museu, o acesso deveria ser gratuito. "Eu acho que a entrada precisa ser gratuita, mas ainda não obtivemos dinheiro do governo, portanto agora continuamos pedindo aos congressistas de Nova York", respondeu o ex-prefeito.
Por sua vez, Daniels disse na mensagem que o museu quer transmitir e que, para ele, se resume em que o Museu da Memória "ajudará a contar o que não entenderam as pessoas que atentaram contra nós", disse.
"Os laços que nos unem se fortalecem de forma extraordinária quando temos que enfrentar esse tipo de circunstâncias inimagináveis", concluiu sobre os atentados de 11 de setembro de 2001.