CONFIRA A REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO DESTA QUINTA-FEIRA (05) DO JORNAL MEIO NORTE
Mutirão organizado pela 1ª Vara da Infância e Juventude tenta solucionar problema de superlotação nas casas de abrigos de Teresina. Falta de infra-estrutura e a demora nos processos de regulamentação e adoção são as principais causas da lotação.
As seis casas de abrigo de Teresina recebem crianças e adolescentes órfãos ou em situação temporária, quando os pais ou responsáveis não têm condições básicas para cuidar do menor ou estão envolvidos com drogas. O processo de retirada do jovem da casa de abrigo costuma ser demorada, por isso, a cada seis meses um mutirão é organizado.?Antigamente, crianças e adolescentes permaneciam no abrigo por tempo indefinido, lotando mais ainda o local, para isso é realizado o mutirão para agilizar o processo", conta a juíza Maria Luíza Moura Mello e Freitas.
De acordo com a psicóloga da 1ª Vara da Infância e Juventude Tereza Raquel Dias, além de resolver o problema de superlotação, o mutirão ajuda a minimizar os danos ao jovem por permanecer em uma casa de acolhimento longe dos pais ou dos padrinhos, que são as pessoas interessadas em adota-las. ?O mutirão avalia e encurta o período de permanência da criança e do adolescente acolhido, tentando causar menos danos a esse jovem, seja voltando para a família ou o disponibiliza à adoção para que ele possa ter em uma família substituta o carinho, afeto e o cuidado necessário?, conta.
O Lar Maria João de Deus possuí vagas para 60 crianças de zero a 12 anos, atualmente abrigando 61. São doze crianças por espaço sob o cuidado de duas cuidadoras, a coordenadora do abrigo Tammya Tércia afirma que o desenvolvimento da criança é prejudicado por não ter uma família, por mais que o abrigo dê assistência, ter uma família independente da sua formação, é sempre necessário.
As pessoas interessadas em acolher ou adotar uma criança ou adolescente deve comparecer aos abrigos para conseguir uma habilitação.
Fotos: José Alves Filho