'Não quero acreditar', diz Flordelis ao falar de confissão de filhos

'Não quero acreditar, e o meu coração de mãe me dá direito à esperança', desabafa Flordelis

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Em seu perfil oficial no Facebook, a deputada federal Flordelis (PSD) desabafou sobre a suspeita de envolvimento dos filhos na morte do pastor Anderson do Carmo, assassinado em Pendotiba, Niterói, Região Metropolitana. No texto, ela comenta sobre o caso e afirma não acreditar na participação de Flávio dos Santos, de 38 anos, e Lucas Cezar dos Santos, de 18: "Tem gente que estranha eu não acreditar que dois filhos meus são os autores, porque eles confessaram. Eu não quero acreditar e o meu coração de mãe me dá direito à esperança. As confissões não são suficientes para condenar", afirma. As informações são do Extra.

Ainda no texto, postado neste sábado, ela agradece o apoio: "Gostaria de responder a cada um e cada uma de vocês que comentaram a minha mensagem. Impossível, pelo tempo, pelo momento e pela quantidade. Agradeço muito as mensagens que me dão força, e de solidariedade. As outras mensagens, algumas sem necessidade agressivas, eu tentei reunir nos pontos comuns para responder.

Flordelis também cita o sumiço dos aparelhos celulares de Flávio e Anderson, desaparecidos desde o crime, no dia 16 deste mês: "Muitas mensagens me acusam de estar escondendo os celulares do meu marido e do meu filho. Meu Deus! A polícia está à procura deles e eu ficarei aliviada se encontrarem. Meu marido foi assassinado em casa, o local não foi isolado, muita gente transitou e tem transitado por ela. É muito cruel imaginar que eu teria frieza para esconder provas de um crime que eu preciso seja esclarecido logo. Ninguém tem mais interesse que eu na solução, acreditem", afirma a parlamentar.

Em outra rede social, a parlamentar também postou um texto onde lamenta a morte do marido e cita a dor vivida pela família após o assassinato de Anderson: "Faz uma semana que perdi meu marido. Quem conheceu a minha vida com ele imagina a falta que ele me faz e pode imaginar o quanto estou atordoada. Mas, sou forte. Deus me fortalece. A semana me passou a ideia de que o tempo parou. A dor é enorme, pela perda e pelas calúnias e notícias confusas que a cada minuto, cada minuto mesmo, brotam sabe-se lá de onde. Já falaram ter sido um crime passional, já disseram ser um crime por dinheiro, já incluíram a infidelidade. Acusam meus meninos, mas eu tenho esperança dos acusadores estarem errados e quero muito confiar na Justiça. É uma dor, às vezes, insuportável. O crime aconteceu na nossa casa e isso me faz reviver aquele momento trágico cada minuto em que estou presente. A imprensa não me deixa em paz. Peço as orações, mesmo daqueles que sem conhecer a história me condenam e condenam meus filhos. A todos os que acreditam em Deus, eu peço as orações para que se faça Justiça", postou Flordelis.

Nesta segunda-feira, a deputada federal Flordelis comparecerá à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) para prestar depoimento no caso do assassinato. Na terça-feira, ela deverá conceder uma entrevista coletiva na Barra da Tijuca. Flordelis entrou no radar dos investigadores como suspeita de participação no crime, após depoimento de um dos filhos, que apontou ela e suas irmãs como suspeitas de envolvimento. Ele e todos os outros filhos maiores de idade também foram intimados a depor novamente na DHNSG.

No Instagram, Flordelis comentou sobre o novo depoimento solicitado pela delegada Barbara Lomba, titular da DHNSG: "Na segunda-feira, serei ouvida pela polícia. O primeiro depoimento como manda a lei. Já fiz isso várias vezes. A primeira, poucas horas após o crime. Sem direito ao luto. Na terça-feira, à tarde, falarei com a imprensa. Um calvário necessário, para ver se consigo aplacar as insinuações, as dúvidas que criam versões desencontradas. Quem sabe, conseguirei?".

A investigação afirma que, numa das câmeras de segurança utilizadas, há imagens que mostram o momento em que Lucas, preso desde segunda-feira, chega à casa da família, às 3h, saindo do banco de um carro. Ele entra na residência, carregando uma mochila. Às 3h15m, ele volta a aparecer: sai da casa, correndo. Segundo a polícia, Anderson foi morto às 3h25m. Depois, Flávio, que também está preso, deixa o local alguns minutos depois, mas volta logo em seguida.

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