O alagoano Aldo Rebelo, 63 anos, conhece bem o funcionamento das Forças Armadas e o pensamento de seus comandantes. Foi ministro da Defesa entre outubro de 2015 e maio de 2016. A serenidade com que desempenhou o cargo garantiu de todos os oficiais com quem lidou um tratamento respeitoso, que nunca teve como obstáculo o fato de ele ser comunista. As informações são do UOL.
É com esse conhecimento de causa que Rebelo comenta o tuíte do general da reserva Eduardo Villas Bôas postado na véspera da sessão de quinta-feira 17 do STF, que começou a julgar a admissibilidade da prisão em segunda instância. A manifestação do oficial, que falava em "eventual convulsão social", foi interpretada como mais uma tentativa de intimidação aos ministros, cuja decisão pode resultar na libertação do ex-presidente Lula.
"Podem ficar todos tranquilos, isso não tem repercussão nenhuma", garantiu Rebelo, em entrevista à coluna. O ex-ministro da Defesa acha que manifestações desse tipo devem ser vistas dentro de uma normalidade e questiona: " Por qual motivo o STF teria que se sentir pressionado por uma opinião no Twitter de um general da reserva?".
Aldo Rebelo fala que não vê risco de politização das Forças Armadas e acha que a instituição tem muito a contribuir para a solução dos problemas nacionais, que ele analisa com otimismo.