A corveta Caboclo atracou às 9h15 desta sexta-feira no porto do Recife, em Pernambuco, com os destroços da aeronave e pertences das vítimas recolhidos na área de buscas do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no início de junho. O material será entregue às autoridades francesas responsáveis pela investigação, segundo informaram a Marinha e Aeronáutica brasileiras.
Na noite de quinta-feira, os oficiais brasileiros informaram que recolheram novos destroços do voo AF 447. No entanto, não foram avistados novos corpos de vítimas do acidente com a aeronave da Air France.
De acordo com estatísticas da Aeronáutica, o prazo em que há maior possibilidade de se encontrar corpos na água é de 20 dias. Nessa missão, esse tempo estimado terminaria no próximo dia 20. Depois disso, é provável que os corpos afundem.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).