O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em um discurso na segunda-feira, 30 de outubro, que Israel não concordará com um "cessar da luta contra o Hamas" após o ataque terrorista realizado pelo grupo em 7 de outubro. Netanyahu disse, ainda, que "mesmo as guerras mais justas têm vítimas civis não intencionais".
Netanyahu, afirmou em seu discurso que o grupo Hamas está usando civis como escudos humanos e que planeja utilizar as perdas civis para culpar Israel. Ele também mencionou que o Hamas está usando os porões de hospitais em Gaza para atividades terroristas, como o armazenamento de armas, além de estar envolvido no roubo de combustível.
O primeiro-ministro destacou que mais de 200 reféns, incluindo crianças, estão em situação crítica, e enfatizou a importância de todos os países civilizados se unirem a Israel para demandar a libertação desses reféns. Em sua decisão de não aceitar um cessar-fogo, ele fez paralelos com dois momentos históricos dos Estados Unidos: o ataque à base de Pearl Harbor em 1941 e o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.
Netanyahu então argumentou que, da mesma forma como os Estados Unidos não considerariam um cessar-fogo nessas duas ocasiões, Israel também não o aceitará neste momento. Ele também declarou em seu discurso que os ataques terroristas do grupo Hamas ao território israelense em 7 de setembro representaram o ataque mais brutal ao povo judeu desde o Holocausto.
Ele afirmou que o grupo terrorista cometeu atos terríveis, incluindo a morte de crianças, queima de pessoas vivas, estupro de mulheres e decapitação de homens. O líder de Israel ressaltou que o país está enfrentando inimigos da civilização.
Nesta segunda-feira, tropas e tanques israelenses lançaram ataques por terra e ar na Cidade de Gaza, que é a maior e mais populosa da Faixa de Gaza, de acordo com informações das autoridades israelenses. Moradores também informaram que houve ataques originados do mar, visto que o território palestino é costeiro, fazendo fronteira com o Mar Mediterrâneo. Esses acontecimentos ocorreram no quarto dia das operações terrestres de Israel dentro do território de Gaza.