A plataforma de streaming Netflix, anunciou hoje, terça-feira (23), que usuários em mais de 100 países, passarão a serem cobrados a mais, nos casos em que há compartilhamento de senhas com pessoas que não moram no mesmo domicílio. A empresa reforçou que essa é uma estratégia para conseguir mais assinantes e diversificar sua plataforma. O serviço de streaming vem testando há um ano essa nova fórmula em alguns países, como é o caso do Canadá.
A nova regra para o compartilhamento de senhas também será aplicada no Brasil, a plataforma informou que cada assinatura só poderá ser usada em uma única residência, e que os usuários que burlarem a regra receberão por e-mail, a partir desta terça-feira, um informe para que escolham entre transferir o perfil de terceiros ou adicioná-los como dependentes pagando mais.
A segunda opção será aderida como "acesso de assinante extra", uma espécie de acréscimo de dependente, em que será possível compartilhar a senha com pessoas que moram em casas diferentes, por um valor mais baixo do que a assinatura individual, R$ 12,90 por mês. Segundo a plataforma, os usuários não enfrentarão problemas ao acessar o serviço durante viagens ou na rua, com o aprimoramento do recurso de gerenciamento de acesso e aparelhos.
Os perfis de conta única, acessados de localidades diferentes, poderão ser transferidos para uma nova assinatura, sem perder o histórico de filmes assistidos ou demais preferências, como por exemplo, dois amigos que atualmente compartilham uma senha do streaming, passarão a pagar duas assinaturas diferentes. Os usuários da plataforma nos Estados Unidos também foram comunicados das novas regras, e terão a opção de compartilharem suas contas por US$ 8 (cerca de R$ 39) adicionais mensalmente, mais barato também do que uma assinatura completa, a plataforma afirmou em comunicado que “uma conta da Netflix é para uso de um só lugar”.
A ofensiva contra o uso compartilhado de senhas, que começou no ano passado na América Latina, é uma chave estratégica da Netflix para gerar mais receita com novos usuários, segundo a empresa, cerca de 100 milhões de lares em todo o mundo usam pelo menos uma conta pela qual não pagam.
Com o crescimento estagnado no ano passado, a empresa de streaming on-line com sede no Vale do Silício, na Califórnia, começou a incentivar as pessoas que assistiam de graça com senhas compartilhadas através de conhecidos, a começar a pagar pelo serviço sem alienar os assinantes. "Esta iniciativa de compartilhamento de contas nos ajuda a construir uma base maior de potenciais membros pagantes e a fazer crescer a Netflix a longo prazo", disse o codiretor executivo Ted Sarandos.