Jonas Jaimovick é o fundador da JJ Invest, pirâmide de criptomoedas que enganou figuras como Zico e Neymar, causou um rombo de R$ 170 milhões. Após 6 meses preso, Jaimovick conseguiu liberdade provisória.
O engenheiro da computação de 40 anos, que até então não havia se pronunciado, concedeu uma entrevista exclusiva para a Veja.
Nela, Jaimovick conta como lesou 3.000 clientes e virou o “Bobo de Wall Street” depois que seu esquema desmoronou.
Ex-jogador Júnior perdeu R$ 1,5 milhõa no esquema
A promessa da JJ Invest era de lucros entre 7% e 12% ao mês sobre o valor aportado, percentuais muito acima da média do mercado. De acordo com Jaimovick, era justamente essa promessa irreal que atraia as vítimas:
“O esquema era baseado em informes fictícios que eu enviava diariamente a meus clientes via WhatsApp”, contou.
O negócio foi crescendo e atraindo a atenção de pessoas de todo o Brasil , incluindo jogadores e ex-jogadores de futebol.
Neymar e os ex-atletas Zico e Júnior foram alguns dos enganados pelo esquema. Enquanto o atacante do Paris Saint-Germain (PSG) vestiu a camisa da empresa em um evento beneficente, Zico teve sua escolinha de futebol patrocinada pela JJ Invest.
“Lamento tudo o que aconteceu. Não tenho nada para falar”, disse Zico em nota.
Já o “Maestro Júnior” foi a maior vítima do golpe, tendo investido R$ 1,5 milhão. O atual comentarista esportivo chegou a enviar um e-mail para Jaimovick pedindo seus pagamentos:
“Você não irá me pagar? Então nos vemos na Justiça”, escreveu Júnior, que não quis se pronunciar sobre o caso.
Para promover a marca, a JJ Invest também patrocinou o Vasco da Gama, que cumpriu a exigência de aplicar um mínimo de R$ 10.000 na empresa, segundo a Veja.
A pirâmide também fez vítimas na comunidade judaica carioca, frequentada por famosos e pelo próprio Jaimovick.
Asinformações são do IG Economia