Nissan inaugura centro de design no Rio de Janeiro

O centro carioca é o quinto da Nissan

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A Nissan é a mais nova fabricante de veículos a inaugurar um centro de design no Brasil. O estúdio Nissan Design America Rio (NDA-R) já está funcionando no prédio sede da empresa no País, na cidade do Rio de Janeiro, e foi apresentado oficialmente na quarta-feira, 6, por Taro Ueda, vice-presidente de design da Nissan Américas, que influenciou inúmeros modelos da Nissan e da Infiniti que estão hoje na rua, incluindo os Nissan Sentra, New March e Altima e os Infiniti Q50 e QX60.

Durante reunião com jornalistas, o executivo contou que a principal tarefa do estúdio será pesquisar as preferências e necessidades do consumidor brasileiro com relação ao desenho dos automóveis. Os estudos, segundo ele, deverão influenciar na criação dos próximos veículos a serem fabricados pela Nissan não só aqui, mas também pelo mundo.

O centro carioca é o quinto da Nissan. Com a sede do design localizado na cidade de Atsugi, no Japão, a montadora tem centros em cidades que considera estratégicas pelo mundo, incluindo Londres (Inglaterra), Pequim (China) e San Diego (Estados Unidos). Todos eles trabalham de forma colaborativa.

Ueda designou no início do ano o americano Robert Bauer, com mais de 20 anos de experiência na indústria automotiva, para liderar as pesquisas no Brasil. Bauer trabalhou na concepção e produção de diversos carros, incluindo o conceito Extrem, feito em 2012 pela marca exclusivamente para o Salão do Automóvel de São Paulo naquele ano.

Bauer, que adorou o Rio de Janeiro, mostrou-se bastante entusiasmado com o novo desafio. Sua equipe atual conta com três designers, incluindo brasileiros. Mas deverá crescer em breve com recursos e talentos encontrados no País. O foco das pesquisas do time, num primeiro momento, será novos materiais e cores. “Decidimos vir para o Brasil para sentir as influências culturais e levar em conta o aspecto emocional dos brasileiros. O Rio de Janeiro abre uma nova perspectiva criativa para o design da Nissan. Nos dará uma nova visão ‘glocal’, que ao mesmo tempo que mantém características globais segue estratégias de localização”, explicou.

Uma das características dos veículos brasileiros, já observada tanto por Ueda quanto por Bauer, diz respeito às cores dos carros. “O Brasil é rico em cores. Chama a atenção, em especial no Rio de Janeiro, os calçadões, a arquitetura, as paisagens distintas e a gastronomia. Tudo tem muita cor e vivacidade. Não entendo porque os carros não seguem esta tendência. Vejo carros brancos, pratas e pretos nas ruas. Vamos estudar mais a fundo características como esta”, apontou Ueda, que está pela segunda vez no País.
 


Encontrar novos materiais também está entre os planos. “O povo brasileiro é bastante criativo e o País, rico em diversidade. Acredito que vamos chegar a novidades que possam ser agregadas aos nossos projetos globais. A Nissan é totalmente aberta a inovações”, comentou Bauer.

O americano, que pretende ficar pelo menos cinco anos no Brasil, acredita que em três anos o centro de design terá projetos avançados e que em cinco estará bastante competitivo em relação aos outros centros da Nissan, ajudando a projetar veículos que poderão entrar em linha. “Pretendemos estar aptos a entrar na competição global de design, colocando o Brasil como um potencial desenvolvedor de produtos globais.”

Questionado sobre os novos veículos que poderão ser desenhados por aqui, o vice-presidente Ueda desconversou e não deu nenhuma pista. Os jornalistas sequer tiveram acesso às salas do centro de design, onde os estudos já estão sendo elaborados.

 

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