O homem que ganhou a conta da mais importante campanha publicit?ria do esporte brasileiro nos pr?ximos sete anos assumir? o marketing do segundo clube mais popular do pa?s. Nizan Guanaes, 49, aceitou convite para cuidar do Corinthians, que jamais teve imagem t?o arranhada e luta para fugir do rebaixamento.
O publicit?rio, antes, j? havia abocanhado a conta que toca o projeto da Copa-2014, atrav?s da ag?ncia MPM, empresa que faz parte da holding YPY, da qual Nizan ? um dos s?cios.
Na semana em que o Brasil ganhou o direito de sediar o Mundial, o vice-presidente da MPM, Rui Rodrigues, foi apresentado pelo principal ve?culo do setor publicit?rio, "Meio & Mensagem", como o "dono da bola". Em seu site oficial, a MPM anuncia em letras garrafais que "A Copa do Mundo ? nossa" e capitaliza: "A Fifa aprovou, com unanimidade, o caderno desenvolvido pela ag?ncia (...)".
Sem jamais ter tido participa??o importante no futebol, o grupo publicit?rio de Nizan, em menos de um ano, ter? agora tamb?m o clube mais popular de S?o Paulo, principal mercado consumidor do Brasil.
No Corinthians, o dono da ag?ncia ?frica entra para tentar mudar o funcionamento de um dos departamentos mais sens?veis do clube, estopim das primeiras desaven?as entre Alberto Dualib e a MSI, representada por Kia Joorabchian.
Carla Dualib, neta do ex-presidente, tinha a exclusividade para negociar contratos, que pertenciam ? MSI.
A empresa dela, a SMA, chegou a faturar mais, em 2006, do que o pr?prio Corinthians.
O balan?o corintiano naquele ano mostra que o clube faturou R$ 761 mil com as a?es de marketing. A empresa de Carla recebeu do time R$ 763 mil.
Com Nizan, o clube prev? que, em at? um m?s, o projeto esteja em pr?tica, dando os primeiros resultados.
"Ele talvez seja a pessoa mais criativa do mercado. A escolha dele ? totalmente profissional", afirmou o atual vice-presidente de marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosenberg.
Ele quem fez o convite a Nizan. A id?ia ? que a ?frica lidere a reestrutura??o do departamento. Segundo Rosenberg, a assessoria ser? feita de forma "gratuita e volunt?ria".
A ?frica informou que, apesar de Nizan ser s?o-paulino, ele aceitou ajudar o Corinthians por consider?-lo do "Brasil". Al?m disso, a mulher do publicit?rio, Donata Meirelles, ? corintiana fan?tica e disse que ele n?o tinha como recusar a proposta. "Ela talvez seja mais fan?tica do que eu. Vai aos jogos, acompanha o time", declarou Rosenberg.
"Queremos repetir esse tipo de coisa [gest?o profissional] em outras ?reas. Na parte financeira, por exemplo", complementou o vice de marketing.
Al?m do projeto da Copa-14, Nizan tem participa??o, por meio do grupo YPY, na Reunion, ag?ncia de marketing esportivo que trabalha para a Stock Car desde 2006.
Democracia
Em outra fase cr?tica de sua hist?ria, o Corinthians j? apelara para a ajuda de um profissional de marketing para fortalecer sua marca e implementar inova?es no clube alvinegro.
Durante a chamada "Democracia Corintiana", per?odo no in?cio dos anos 80 que sucedeu uma crise no Parque S?o Jorge o time havia obtido m?s campanhas nos campeonatos Brasileiro e Paulista de 1981, as a?es publicit?rias ficaram nas m?os de Washington Olivetto.
Foi ele, inclusive, quem batizou o movimento que, entre outras coisas, deu mais liberdade aos jogadores e descentralizou o poder dentro do clube do Parque S?o Jorge.
Entre as a?es idealizadas por Olivetto, que trabalhou como volunt?rio, estavam a cria??o de um "conselho de not?veis", formado por torcedores famosos do Corinthians, para conseguir a divulga??o nacional da a??o.
Durante a "Democracia Corintiana", o time tamb?m usou a camisa para veicular mensagens pol?ticas alusivas ao fim da ditadura militar e favor?veis ao retorno das elei?es diretas para presidente.
"Democracia J?" e "Quero votar para Presidente" foram algumas das frases estampadas no uniforme corintiano.
Olivetto, apesar de corintiano, deixou o